O recurso ajuizado pelo Ministério Público Eleitoral que pede o indeferimento do registro de candidatura de Beto Martins (PSDB), segundo suplente do senador eleito Jorginho Mello (PR), voltou a ser incluído na pauta de julgamentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele é o sexto item previsto para ser julgado na sessão desta terça-feira, que começa às 19h. A ação deveria ter sido apreciada na semana passada, mas acabou retirada de pauta.

Continua depois da publicidade

Lucas Esmeraldino (PSL), terceiro colocado na disputa para o cargo de senador, e o partido dele em Santa Catarina acompanham os desdobramentos do caso e pediram para ser habilitados como assistentes do Ministério Público Eleitoral na ação. Inicialmente as solicitações foram negadas, mas o relator do caso, ministro Admar Gonzaga, reconsiderou a decisão e incluiu Esmeraldino e o PSL no processo.

Como Esmeraldino não alcançou a eleição por uma diferença de 18 mil votos, existe a expectativa de que o julgamento possa ter impacto em toda a chapa de Jorginho Mello, o que favoreceria o cenário para o terceiro colocado.

A situação de Beto Martins

Ex-prefeito de Imbituba, Beto Martins concorreu como 2º suplente do senador Jorginho Mello (PR), eleito com a segunda maior votação do Estado, com 1.179.750 votos. O Ministério Público Eleitoral aponta que a filiação partidária de Martins ao PSDB consta somente a partir de 12 de abril de 2018, ou seja, fora do prazo mínimo de seis antes das eleições.

Continua depois da publicidade

O candidato, por outro lado, aponta que houve um erro do partido ao preencher o cadastro junto ao sistema e que a filiação, na verdade, ocorreu em 6 de janeiro de 2018. Como comprovação, ele apresentou à Justiça cópia da filiação partidária (datada de 6 de janeiro de 2018), cópia de petição endereçada à Justiça Eleitoral de Imbituba pedindo a alteração da data de filiação no sistema, além de matérias jornalísticas com ampla repercussão de sua migração para o PSDB já em janeiro.

O Tribunal Regional Eleitoral manteve o registro de candidatura de Martins. Depois, o registro chegou a ser indeferido em decisão do ministro Admar Gonzaga no TSE, em setembro. Mas o próprio ministro reconsiderou a decisão e determinou a manutenção da candidatura, em outubro. Agora, o caso vai a julgamento para uma decisão colegiada.

Leia mais notícias no Diário Catarinense

Pelo menos 91 políticos de SC ainda precisam apresentar as contas de campanha à Justiça Eleitoral

TRE-SC inicia novo ciclo de biometria e revisão do eleitorado