Encerrou às 11 horas o recredenciamento para a assembleia da Busscar, prevista para começar às 14 horas desta terça-feira, no Centreventos Cau Hansen, em Joinville. O cadastro dos credores que perderam os crachás ocorreu de forma tranquila e sem filas.
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A expectativa da maioria dos credores que passaram pelo Centreventos é bastante positiva. Eles acreditam que haverá votação e que o plano de recuperação proposto pela fabricante de carrocerias será aprovado.
– Acredito que se resolve hoje, com certeza. Até pela própria colocação do juiz que disse que não tem mais como postergar isso -, disse o funcionário da Tecnofibras José Rodrigues.
Adenizio Kempner, que trabalha há 26 anos na Busscar, também espera pela aprovação do plano.
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– Pelo que a gente sondou os advogados da Busscar, hoje vai para votação. Acho que as três classes serão aprovadas. Tem o impasse com o BNDES, mas vai para votação e vai passar pelas três classes. A versão do juiz põe pressão para que se resolva -, acredita.
Por outro lado, tem quem acredite em mais suspensão.
– Meio difícil resolver hoje ainda, acho que está meio enrolada a situação -, disse Matias Mariotti, que trabalhou 12 anos na companhia.
O presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, Evangelista dos Santos, também esteve no Centreventos no fim da manhã, mas preferiu não arriscar um resultado.
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– Espero que votem o plano, é isso que eu quero. Mas não me arrisco a falar em resultado porque tem voto por cabeça e tem os créditos, então só com a apuração.
Pelo menos 3 mil pessoas devem ir às urnas para dar sua opinião sobre a empresa, que tem uma dívida estimada em R$ 1 bilhão.
Cerca de 5 mil credores aguardam por uma definição há 11 meses, desde que a companhia deu entrada ao pedido de recuperação judicial na 5ª Vara Cível de Joinville.
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O administrador judicial, Rainoldo Uessler, garante que a votação será, no mínimo, uma hora mais ágil do que da última tentativa de votar o plano, em 7 de agosto, e que, se não houver nova suspensão, o processo vai durar menos de duas horas.
Três classes de credores se reunirão: trabalhadores, garantia real (bancos) e quirografários (os que não são funcionários a instituições financeiras).
O voto da classe trabalhista será individual. A opinião dos credores das demais classe é de acordo com o valor da dívida. Ou seja, quanto maior é o crédito, maior é o peso do voto. Para aprovar o plano, a maioria dos credores das três classes deve se posicionar a favor. Se este não for o cenário final, o juiz do processo, Maurício Cavallazzi Povoas, baterá o martelo sobre o futuro da Busscar.
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