Nesta terça-feira, a Busscar saberá qual será seu destino: recuperação judicial ou falência. Depois de duas suspensões, a terceira assembleia ocorre na terça, no Centreventos Cau Hansen, para que os credores votem o plano de recuperação.
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– É um processo que corre há 11 meses. Já deu o que tinha que dar e a decisão sai amanhã – garante Maurício Cavallazzi Póvoas, juiz da 5ª Vara Cível, responsável pelo caso.
O administrador judicial, Rainoldo Uessler, tem a mesma opinião do magistrado. Por isso, aperfeiçoou o sistema de votação para agilizar a contagem.
– Queremos diminuir o tempo de votação em cerca de uma hora. Os credores levarão no máximo duas horas e meia para votar – complementou.
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O período para reimpressão dos crachás também deverá ser tranquilo. Quem perdeu sua identificação, deve solicitá-la a algum representante do Instituto Professor Rainoldo Uessler amanhã, das 9 às 11 horas, no local da assembleia. Às 14 horas, cerca de 3 mil credores serão responsáveis por ouvir as últimas apresentações.
– Vamos dar orientações para que não se repita o que já foi falado nos outros dois encontros. Queremos agilidade – diz Uessler.
– O que pode acontecer é ser suspensa por alguns minutos para alguma conversa particular. Mas adiar a data é praticamente impossível. Não vejo motivos extremamente relevantes para isto – garantiu Póvoas.
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A primeira suspensão foi realizada porque o magistrado temeu uma falência precipitada, já que julgava que todas as negociações ainda não estavam esgotadas. Em agosto, as conversas com três credores de garantia real – Santander, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) – foram o motivo do adiamento. A Busscar solicitou mais tempo para entrar em um acordo das dívidas para garantir o voto favorável das instituições financeiras.
– Desde a suspensão de 7 de agosto, a Busscar fez modificações no plano para atender às reivindicações de dois dos principais credores da Classe Garantia Real, que terão direito a receber uma antecipação de aproximadamente 8% do total de seus créditos na venda dos imóveis cujas hipotecas pertencem a eles – informa o presidente da companhia, Cláudio Nielson.
– Nenhuma das três instituições bateu o martelo de suas decisões. Mas Santander e Finep sinalizaram a aprovação. A posição do BNDES só saberemos na hora da votação – conta Euclides Ribeiro, advogado do processo de recuperação judicial da Busscar.
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Para o BNDES, não haverá descontos e a garantia são as instalações da Busscar, que não serão vendidas com a aprovação do plano.