O credenciamento para a assembleia da Busscar, marcada para começar às 14h desta terça-feira, começou com tranquilidade no Centreventos Cau Hansen, em Joinville.
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Desde às 9h da manhã, pelo menos 15 pessoas foram até o local fazer o recredenciamento para poder participar da terceira assembleia que busca a decisão sobre a recuperação judicial da empresa.
Quem perdeu ou extraviou o crachá usado nas últimas assembleias tem a chance de se recredenciar.
A expectativa de quem já circulava pelo Centreventos nesta manhã era tranquila. Dois funcionários da empresa e um representante dos credores conversaram com a equipe de A Notícia e garantiram que estão com expectativa positiva de que a situação se resolva sem outra suspensão. Pelo menos 3 mil pessoas devem ir às urnas para dar sua opinião sobre a empresa, que tem uma dívida estimada em R$ 1 bilhão.
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Cerca de 5 mil credores aguardam por uma definição há 11 meses, desde que a companhia deu entrada ao pedido de recuperação judicial na 5ª Vara Cível de Joinville.
O administrador judicial, Rainoldo Uessler, garante que a votação será, no mínimo, uma hora mais ágil do que da última tentativa de votar o plano, em 7 de agosto, e que, se não houver nova suspensão, o processo vai durar menos de duas horas.
– Aperfeiçoamos o sistema de votação. Tudo estará finalizado em até duas horas e meia -, diz.
O tempo de espera para a votação da suspensão do encontro da última assembleia, que teve 82,52% a favor, chegou a três horas e meia e arrancou vaias das pessoas que aguardavam uma resposta desde às 14 horas daquele dia. Três classes de credores se reunirão: trabalhadores, garantia real (bancos) e quirografários (os que não são funcionários a instituições financeiras).
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O voto da classe trabalhista será individual. A opinião dos credores das demais classe é de acordo com o valor da dívida. Ou seja, quanto maior é o crédito, maior é o peso do voto. Para aprovar o plano, a maioria dos credores das três classes deve se posicionar a favor. Se este não for o cenário final, o juiz do processo, Maurício Cavallazzi Povoas, baterá o martelo sobre o futuro da Busscar.