Uma quadrilha acusada por cinco tentativas de homicídio irá a júri popular em Joinville. A decisão é da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ). Sete pessoas, entre homens e mulheres, foram denunciados pelo Ministério Público. Todos são membros da família Badalo.

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Segundo a acusação, o grupo – além de exercer o tráfico de entorpecentes – formou uma estrutura organizada com distribuição de tarefas para a prática de diversos crimes. O líder da quadrilha teria encomendado os cinco assassinatos enquanto estava preso. Em todos os casos, as vítimas forma baleadas, mas conseguiram escapar com vida.

Três denunciados recorreram ao Tribunal de Justiça para não ir a julgamento pelo júri. Eles alegaram inconstitucionalidade do provimento do TJ-SC que garante a proteção de testemunhas coagidas ou expostas a grave ameaça, em razão de colaboração com a investigação ou processo criminal. Outro argumento foi que não havia provas da materialidade e autoria dos crimes.

Os desembargadores, no entanto, tomaram a decisão com base no grande número de testemunhas.

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– Há elementos suficientes que demonstram os indícios de autoria dos agentes nos crimes de tentativa de homicídio contra as vítimas, conforme demonstram os depoimentos colhidos durantes as investigações e a instrução processual – afirmou o desembargador substituto Francisco Oliveira Neto.

A investigação apurou que os acusados eram tratados por nomes de guerra, como Ninja, Negão ou Cara Queimada. Segundo o TJ, dois integrantes da quadrilha morreram em troca de tiros com a polícia. Não foi informada a data em que ocorrerá o júri.