O júri popular do empresário Aroldo Carvalho Lima Cruz, acusado de matar dois jovens em um acidente de trânsito em 15 de setembro de 2002, na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, teve um intervalo no fim da manhã para almoço. Até 12h40min, falaram as testemunhas de acusação e mais cinco de defesa. A última delas foi um perito judicial contratado pelos defensores.
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Em seu depoimento, ele contestou as informações da perícia oficial sob a justificativa de que não é possível atestar a velocidade exata que o empresário estava momentos antes de bater seu BMW no Audi conduzido por Rafael de Lucca Geraldo, onde também estava Vitor Hugo Marins Filho. Ambos morreram na colisão. A fala do perito foi questionada pelo promotor Andrey Cunha Amorim e por um dos jurados.
Antes dele, prestaram depoimentos dois funcionários do Café Cancun, casa noturna de que Aroldo era sócio-proprietário na época do acidente. Os dois rapazes que morreram estavam na estabelecimento momentos antes da colisão, assim como o acusado, que havia participado do expediente naquela noite.
Outra testemunha de defesa foi um médico que atendeu Aroldo logo após o acidente. Ele negou que o empresário estivesse embriagado, como afirma a denúncia do Ministério Público. Além do médico, também prestaram depoimento para a defesa um sócio de Aroldo e um homem que foi ao Café Cancun na noite do acidente.
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No começo da tarde desta terça-feira o julgamento recomeça com o depoimento de mais testemunhas de defesa. Depois, o empresário vai responder às perguntas do MP, da defesa e dos jurados. Para concluir o júri, começa a sustentação oral de duas horas para cada uma das partes.
O julgamento deve se estender até o começo da noite desta terça-feira. Se condenado, Aroldo pode pegar de seis a 20 anos de prisão por cada um dos homicídios dolosos. Ele também responde pela lesão corporal de Marco Dutra Conceição. O fotógrafo estava no Golf atingido pelo empresário depois do impacto no Audi.
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