A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai encaminhar esta semana um dossiê ao Ministério Público de SC sobre a casa de prostituição interditada em Biguaçu, no último sábado.

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Na operação, a PRF encontrou uma paraguaia de 18 anos que está ilegal no Brasil trabalhando como prostituta, e apreendeu um adolescente de 17 anos. A cafetina dona da casa foi presa e depois liberada pela Polícia Federal.

Na ultima quarta-feira, a Polícia Federal (PF) libertou 21 paraguaias exploradas sexualmente. Uma delas era obrigada a fazer programas em uma boate de Imbituba, mesmo grávida de seis meses.

Os crimes previstos no Código Penal que a PRF vai relatar ao MP envolvendo a casa em Biguaçu são: manter casa de prostituição para exploração sexual (pena de dois a cinco anos); tirar proveito da prostituição alheia participando de seus lucros (um a quatro anos); tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual (três a oito anos); alojar estrangeira tendo conhecimento que a pessoa trabalha como prostituta (três a oito anos).

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A PRF vai relatar também a venda de bebida alcoólica ao adolescente de 17 anos, crime previsto no artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente cuja pena é de dois a quatro anos e multa.

Chefe da Comunicação da PRF, inspetor Luiz Graziano observou que esses locais são altamente nocivos porque neles ocorre comércio de drogas, as meninas são exploradas e, normalmente, acontecem muitos problemas de saúde como doenças sexualmente transmissíveis.

A casa de prostituição em Biguaçu funcionava com alvará de bar, que estava vencido.

_Empresários que ganham lucro com isso se escondem atrás de fachada de casas de show ou bar. Isso acontece em casas de beira de estrada e em casas luxuosas em Florianópolis e outras cidades, frequentadas por pessoas de alto nível social. O problema é que a sociedade aceita a prostituição_observou Graziano.

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Segundo a PRF, cada programa na casa de Biguaçu custava entre R$ 50 e R$ 150 com lucro integral para as prostitutas. A cafetina lucrava R$ 20 pelo aluguel de cada um dos quatro quartos, além de percentual sobre a bebida. De cada dose de whisky com energético a R$ 25, a dona lucrava R$ 15. De cada cerveja a R$ 10, a casa ficava com R$ 7. O restante do lucro era repassado às seis prostitutas em atividade.

A PRF informou que no momento da operação, havia 11 clientes na casa.