Em greve há 15 dias, os funcionários do Hospital Municipal São José devem se reunir com a prefeitura de Joinville nesta sexta-feira para discutir o futuro da categoria em Joinville.

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E encontro vai debater os condições das duas parte sobre as reivindicações da categoria, que paralisou o atendimento após a direção do Hospital realizar reuniões com diversos setores para estudar o corte do adicional de insalubridade de alguns funcionários.

Nesta segunda-feira, 68 servidores de um total de 556 lotados no período matutino não compareceram aos seus postos de trabalho. O número representou 12,23% de ausências no quadro funcional do turno da manhã. Na parte da tarde, foram 45 funcionários de um total de 325, 13,85% do quadro total.

Durante o final de semana, o atendimento no hospital também esteve comprometido. No sábado, foram 46 faltas, e no domingo 51. Com o início da terceira semana de paralisação de servidores no Hospital São José, os atendimentos nos ambulatórios de Oncologia e Especialidades continuam prejudicados, e a marcação de consultas de retorno e exames não estão sendo realizadas em sua normalidade.

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– De agora em diante a prefeitura vai esperar a reunião da quarta-feira para se pronunciar sobre a greve. Relembramos que nenhum corte de insalubridade foi feito ainda, temos que nos reunir para ver o novo laudo, que aponta a real necessidade do benefício, e então adotar uma posição – disse o Secretário de Comunicação, Marco Aurélio Braga, responsável por negociar com o sindicato.

Na última sexta-feira, o desembargador Julio Knoll, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, considerou abusiva a greve dos servidores do Hospital Municipal São José, e determinou que o Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej) restabelecesse em 100% a prestação dos serviços do hospital num prazo máximo de 48 horas a partir da notificação.

O Sinsej afirma que ainda não foi oficialmente notificado sobre a decisão judicial, mas que sua assessoria jurídica está preparada para recorrer. Em assembleia na última sexta-feira, após tomar conhecimento do posicionamento do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, os trabalhadores do hospital decidiram continuar em greve.

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– Udo Döhler costuma tentar encerrar greves judicializando a questão e omitindo informações para arrancar liminares, mas a única coisa que fará os trabalhadores retornarem ao local de trabalho é a Prefeitura voltar atrás na decisão de retirar direitos e, para isso, é preciso negociar -, ressaltou o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter.

Nesta terça-feira, os servidores do Hospital São José farão uma atividade na Praça da Bandeira, a partir da 15 horas, para dialogar com a população.