A Prefeitura de Joinville afirmou que não há registros suficientes de estragos causados pela chuva que justifiquem o município decretar situação de emergência ou pedir a liberação do saque do FGTS para os moradores afetados. O maior problema registrado nesta semana foram os alagamentos em bairros como Vila Nova e Jardim Sofia.
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Segundo o secretário de comunicação, Marco Aurélio Braga, houve alagamentos em alguns bairros, mas nenhuma situação mais crítica em relação a danos. Ele diz que ocorreram problemas pontuais, como a queda de uma ponte no Jardim Sofia, que será consertada nesta sexta-feira.
— Estamos fazendo um levantamento de danos, até para saber se cabe uma situação de emergência, mas por enquanto não estamos vendo muitos subsídios para decretar — garante.
Marco Aurélio lembra que no ano passado os danos foram maiores, com um alto número de pessoas que perderam tudo por causa dos alagamentos e prejuízos ao patrimônio público, como o desmoronamento do asfalto na rua Paulo Schroeder, na zona Sul da cidade. Naquela ocasião, o município decretou a situação de emergência e permitiu que os moradores afetados fizessem m saque do FGTS.
Desta vez, para ajudar as pessoas que foram vítimas de alagamentos, a Prefeitura abriu uma central solidária para receber doações aos moradores. Materiais de limpeza, higiene pessoal e alimentos não perecíveis podem ser entregues nas unidades do SESC dos bairros América e do Vila Nova. Além disso, a Defesa Civil está fazendo atendimentos com vistorias nas áreas atingidas, suporte com lonas para quem tem destelhamento e orientações.
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A Defesa Civil ainda vai finalizar um levantamento de quantas pessoas foram afetadas pelos alagamentos, mas o secretário de comunicação antecipa que o número deve girar em torno de 30 mil pessoas. Os bairros atingidos foram Pirabeiraba, Vila Nova, Nova Brasília, Morro do Meio, Centro, América, Santo Antônio, Aventureiro, Costa e Silva, Distrito Industrial, Anita Garibaldi e Bom Retiro.
Prefeitura planeja obras de macrodrenagem
O município recebeu o aval do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o financiamento de 70 milhões de dólares para investimentos em obras de macrodrenagem na região Sul da cidade, onde fica a bacia do rio Itaum-Açu, e também em obras de microdrenagem na região Oeste.
A Prefeitura está a espera da elegibilidade do BID para publicar os termos de referência e lançar os editais de licitação para a contratação das empresas que irão fazer os projetos das obras de macrodrenagem e controle de inundação da bacia do Itaum-Açu. Depois desta fase, será solicitada a licença ambiental para, em seguida, lançar o editar de licitação das obras. No entanto, ainda não há prazo definidos.
Além disso, existe um projeto de de limpeza e alargamento do rio Águas Vermelhas que foi realizado parcialmente em dois trechos em 2013 e 2014. A primeira etapa consistiu no alargamento do trecho que vai da rua Minas Gerais até a linha férrea, no Jativoca (bairro Nova Brasília), em uma extensão aproximada de dois quilômetros.
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Na parte que passa pelos bairros São Marcos e Nova Brasília – da Estrada Arataca até a rua Minas Gerais – o rio passou por limpeza e roçada em 2015. Segundo a Prefeitura, o trecho dentro do bairro Vila Nova, desde a Estrada Arataca até a rua Leopoldo Beninca, é limpo periodicamente com máquinas pela Divisão de Drenagem da Seinfra. O próximo passo previsto é o alargamento para aumentar a vazão. O investimento desse projeto na área urbana é de aproximadamente R$ 2 milhões.
A cidade é cortada por 148.266 metros de valas e rios, dos quais 129.996 são limpos com máquinas e 18.270 apenas com limpeza manual. Segundo a Prefeitura, a Divisão de Drenagem conta atualmente com oito máquinas tipo Poclain e quatro caminhões nesse trabalho. No entanto, o município não repassou informações sobre o cronograma de obras de limpeza.