A revisão do Plano Diretor de Bombinhas tem mobilizado moradores e entidades contra a verticalização da cidade. Em sua primeira manifestação sobre o caso, a prefeita Ana Paula da Silva afirmou nesta segunda-feira que é contra o aumento da taxa de ocupação do município e acredita que precisa haver um equilíbrio na verticalização. No entanto, julga que ainda não é o momento de tomar decisões.

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Ana Paula argumenta que agora é a hora de eleger os delegados que vão avaliar as propostas do Plano Diretor. Segundo ela, muitas pessoas foram na Conferência das Cidades achando que já era para votar nas propostas.

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– Vamos fazer tudo com calma e cumprindo os prazos. Não posso responder por algo que não existe. A população pode ficar tranquila, não somos extremistas – relata.

A prefeita ressalta ainda que não tem sentido ampliar a taxa de ocupação da cidade – o que iria contra a aprovação da cobrança do pedágio ambiental, que entra em vigor a partir de novembro. De acordo com Ana Paula, Bombinhas tem uma característica mais preservacionista e não pode repetir o modelo dos municípios vizinhos.

– Bombinhas pode e deve debater sobre essas questões. Hoje a maioria dos prédios tem apenas uma vaga de garagem, por exemplo. Então, se tiver um andar a mais para vagas de veículos, não deixa de ser verticalização. Temos falhas no plano que precisam ser revistas – completa.

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Mobilização

A vice-presidente da Associação de Esporte, Meio Ambiente e Mobilidade do bairro Mariscal (AEmariscal), Camila Demétrio, defende que não é possível agradar a todos:

– Uma hora é necessário escolher qual caminho seguir, por isso a população precisa se manifestar e ajudar a prefeitura a decidir – comenta.

Camila diz ainda que é preciso ter cuidado com propostas sem fundamentação técnica e que não condizem com as intenções de desenvolvimento do município. A vice-presidente menciona, por exemplo, a proposta de outorga onerosa, que possibilita construir acima do permitido pelo coeficiente básico mediante uma compensação financeira ao município.

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