Eleição dos delegados para revisão do Plano Diretor de Bombinhas é adiada

A eleição dos delegados para revisão do Plano Diretor de Bombinhas foi adiada por 10 dias. A decisão ocorreu durante a Conferência das Cidades, promovida nesta quinta-feira, e foi uma reivindicação da população, que compareceu em peso ao encontro.

Os moradores querem que sejam feitas mudanças no regulamento do plano, principalmente sobre a segmentação dos delegados – que poderá ser feita por bairros ou regiões.

A prefeita Ana Paula da Silva disse que a decisão de adiar ocorreu também em função do horário estendido da reunião e para não tomar nenhuma decisão que pudesse prejudicar a legalidade do processo. Segundo ela, a prefeitura já recebeu mais de 500 propostas para o Plano Diretor e está na 11ª reunião.

– A nossa comunidade foi bastante participativa, tinha cerca de 500 pessoas. Eles solicitaram a alteração do regimento e preferimos fazer a interrupção para não correr o risco de formular uma regulamentação que fosse prejudicial – reforça.

Segmentação

De acordo com a vice-presidente da Associação de Esporte, Meio Ambiente e Mobilidade do Bairro Mariscal (AEmariscal), Camila Demétrio, a entidade está estruturando uma proposta de segmentação que seja adequada às demandas da população.

– Havendo uma segmentação justa, consequentemente os delegados escolhidos terão formação suficiente para garantir tranquilidade aos moradores – comenta.

O representante da Associação Amigos da Praia do Mariscal (AMAR), Vinícius Valério Gasparin Rossa, ressalta que a população foi bastante participativa, pois cerca de 5% do eleitorado esteve presente. Para Rossa, o ideal é rever os critérios de elegibilidade dos delegados para que o processo seja mais democrático.

– Queremos delegados sem poder de voto e delegados divididos por bairros. Isso não fere o estatuto do plano, porque vai ser respeitada a participação popular – afirma.

Também participaram do encontro a Associação de Quatro Ilhas e a Associação Bombinhas de Surf (ABS). O representante da ABS, Alberto João da Silva, diz que a entidade é contra a verticalização da cidade e por isso fez questão de estar presente na conferência.

– A gente está acompanhando para ter uma representação nos delegados. Somos contrários à verticalização. em Quatro Ilhas, por exemplo, com quatro pavimentos já faz sombra em uma parte da praia, imagina se aumentar – defende.