Nos dois programas que incluem obras de mobilidade para ciclistas em Blumenau – o do Programa de Aceleração do Crescimento 2 e o de Mobilidade Médias Cidades do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – há projetos que incluem implantação de paraciclos e bicicletários. Nas obras do PAC, divididas em cinco lotes e que já estão em execução, haverá a instalação de 30 paraciclos em 20 locais diferentes entre os bairros Água Verde, Centro, Badenfurt, Velha, Escola Agrícola, Itoupava Central, Itoupavazinha, Jardim Blumenau, Salto, Passo Manso, Victor Konder, Vorstadt e Itoupava Seca.

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Veja o mapa dos bicicletários de Blumenau

Faltam espaços para as bicicletas em Blumenau

Já os bicicletários serão distribuídos em pontos que atualmente não possuem esse tipo de estrutura, como na rodoviária, Terminal do Aterro e da Proeb, Praça da Fonte Luminosa, Vila Germânica, Praça das Gaitas Hering e Teatro Carlos Gomes. Além disso, a prefeitura, o Parque Ramiro Ruediger, a Rua Antônio da Veiga, o Terminal da Fonte e a área em frente ao Pró-Família receberão bicicletários.

Confira as reportagens do projeto Todos pela Bike

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No Programa de Mobilidade Sustentável do BID, que será financiado com investimentos do banco e do município, o projeto básico inclui 120 vagas no terminal Norte, que ficará na Rua Gustavo Zimmermann, e 88 no Oeste, na Rua General Osório. A engenheira da Secretaria de Obras, Rita Bruel, explica que os projetos do BID privilegiam os conceitos atuais de mobilidade sustentável, que projeta um futuro com sistema de transporte integrado, redução de poluentes e melhorias no transporte público e ativo, como andar a pé e de bicicleta.

– A ideia é que as pessoas possam usar a bicicleta e o transporte coletivo juntos. Estamos finalizando o projeto básico, que passará por um detalhamento e depois podemos licitar a obra, que deve começar no ano que vem – afirma a engenheira.

Como tornar o trânsito de Blumenau amigo da bicicleta

De acordo com a Cartilha do Ciclista, elaborada pelo Ministério das Cidades e que orienta os municípios sobre como deve ser a sinalização e a infraestrutura para os usuários da bike, os paraciclos e bicicletários devem ser instalados onde há aglomerados de edificações residenciais e estações de transferência, como terminais urbanos. O documento diz ainda que eles devem ficar longe de áreas de circulação de pessoas e veículos para que o ciclista consiga estacionar a bicicleta de forma confortável e segura.

No município, a última revisão do Plano Diretor, que ocorreu em 2010, passou a obrigar que estabelecimentos comerciais e de serviços ofereçam uma vaga de bicicleta. De acordo com a Lei Complementar 750, para cada 100 metros quadrados construídos deve haver pelo menos uma vaga. A determinação varia de acordo com o tipo e o tamanho da edificação.

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– Nos projetos novos acima de 100 metros quadrados todos são obrigados a colocar, caso contrário o Habite-se não é liberado. A intenção na próxima revisão do plano é manter e ampliar as especificações quanto ao funcionamento e o tipo de bicicletário que deve ser instalado. Houve muito esse tipo de reivindicação nas audiências públicas do Plano de Mobilidade e vamos evoluir nessa questão – explica o diretor de Planejamento Viário, Cássio Bortolotto. >

O que são

– Paraciclo: É o suporte individual para fixação da bicicleta. Pode ter vários formatos e ser instalado dentro de estabelecimentos ou em vias públicas.

– Bicicletário: É o conjunto de paraciclos e/ou área determinada para deixar as bicicletas, como ocorre em supermercados e empresas.

Fonte: Cartilha do Ciclista (Ministério das Cidades).

Todos pela Bike

Todos pela Bike é uma campanha do Grupo RBS para fortalecer o respeito ao ciclista. Acesse santa.com.br/todospelabike e confira os conteúdos que serão produzidos ao longo do ano pelo Jornal de Santa Catarina. Use a hashtag #todospelabike

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