A prefeitura de Blumenau finalizou nesta quarta-feira o edital de chamamento público, que prevê a contratação de empresas e pessoas físicas para operar o transporte público em caráter temporário. As propostas começarão a ser analisadas a partir desta quinta-feira. O documento diz que só serão admitidos veículos com capacidade superior a 16 passageiros, incluindo o motorista. Caberá ao Seterb estabelecer os itinerários a serem atendidos pelos interessados.

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As principais linhas, operadas pelos ônibus troncais, devem ser priorizadas. Ainda não há detalhes de como esse sistema temporário irá funcionar. A prefeitura só deve montar um modelo depois de avaliar as propostas e considerar o número de veículos disponíveis. Este trabalho será feito independentemente da volta de ônibus das três empresas responsáveis pelo serviço, já que o estado de greve persiste. Por enquanto, só um ponto está definido: segundo o edital, a tarifa poderá ser paga apenas em dinheiro e será feita no embarque do passageiro.

– Enquanto isso a prefeitura continua trabalhando com o Ministério Público do Trabalho para tentar uma medida que garanta a cota mínima de 30% do transporte. É uma pena que ontem (terça-feira) na reunião de conciliação as empresas e os funcionários não chegaram a uma decisão – declarou Napoleão.

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O prefeito também adiantou na quarta-feira que os transportes alternativos não estarão nas ruas de maneira imediata.

Assembleia termina sem avanços

A assembleia dos trabalhadores realizada na quarta-feira terminou sem novidades. Por enquanto, apenas uma pequena parcela de ônibus da empresa Rodovel continuam rodando.

Os trabalhadores da Glória e da Verde Vale seguem de braços cruzados. Segundo o assessor jurídico do sindicato da categoria (Sindetranscol), Léo Bittencourt, não houve nesta quarta-feira avanços na negociação do pagamento do 13º salário dos funcionários, pivô da atual paralisação.

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Havia a expectativa de que houvesse um bloqueio nas contas do Siga e que o dinheiro fosse encaminhado para quitar as pendências trabalhistas, o que, segundo Bittencourt, não ocorreu. Não há previsão de nova reunião entre motoristas e cobradores para discutir a questão. Bittencourt também falou sobre a decisão do prefeito em assinar o decreto de situação de emergência no transporte coletivo.

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– Ele (o prefeito) tinha que ter preocupação maior em resolver o problema, não apenas em adotar uma medida paliativa.

Tanto o Consórcio Siga quanto as empresas Nossa Senhora da Glória, Rodovel e Verde Vale têm até o dia 4 de janeiro para apresentar um plano de ação para a retomada do serviço. Uma comissão criada pela prefeitura vai avaliar as propostas para viabilização do sistema. Se considerar que elas não são suficientes para garantir a operação do serviço, o Executivo deve romper o contrato de concessão.