O prefeito interino de Brusque, Roberto Prudêncio Neto (PSD) se manifestou hoje sobre a liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que suspendeu as eleições indiretas que ocorreriam em Brusque nesta quinta-feira. Ele, que também era o único candidato ao pleito, permaneceu no cargo por determinação do ministro Dias Toffoli, dada na mesma decisão liminar que prevê a manutenção do governo interino até que os embargos de declaração apresentados por Paulo Eccel (PT) sejam julgados.
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Prudêncio declarou que pretende dar continuidade aos trabalhos que vem fazendo na administração municipal. Em entrevista, ressaltou que a decisão do TSE deixa a situação esclarecida para a comunidade:
– Agora tudo fica muito mais tranquilo, porque as pessoas sabem qual é o governo e com essa determinação não há dúvidas. Antes, mesmo com a eleição, poderia haver alguma mudança, algum questionamento.
Confira a nota oficial:
“Diante da decisão do ministro Dias Toffoli em negar o retorno do ex-prefeito Paulo Eccel ao cargo e suspender as eleições indiretas, permaneço como prefeito interino do Município de Brusque por determinação do Tribunal Superior Eleitoral. Saliento que assumi o comando do Executivo na condição de presidente do Legislativo, conforme rege o artigo 75 da Lei Orgânica.
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Dessa forma, reforço meu compromisso com a comunidade brusquense, de que juntamente com minha equipe de secretários e servidores públicos, iremos dar continuidade aos trabalhos da Administração Municipal amparados pela humildade, tranquilidade, honestidade e responsabilidade, visando sempre o melhor para Brusque.
Garantir o atendimento aos anseios da população é nossa prioridade e não vamos medir esforços para que todos os serviços sejam prestados da melhor forma possível, assim como, todas as obras planejadas e iniciadas, sejam continuadas. A Prefeitura de Brusque mantém as portas abertas aos cidadãos!
Roberto Pedro Prudêncio Neto
Prefeito interino”
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Prefeito cassado também se manifestou
Paulo Eccel, prefeito eleito em 2012 e que teve o mandato cassado pelo TSE junto com o vice, Evandro de Farias (PP), também comentou a liminar.
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Para ele a decisão é um passo importante rumo a mudança da sentença, mas ele não considera que seja uma vitória:
– Vitória vai ser o meu retorno ao governo, mas a suspensão foi importante porque a realização dessa eleição seria a consolidação de uma situação jurídica que não está definida.
Eccel declarou ainda que entende o fato do ministro não tê-lo reconduzido ao cargo, já que o recurso está tramitando no Tribunal, mas acredita que toda a situação afeta o desenvolvimento da cidade.
– Acho que o que prejudica o andamento da cidade foi terem me tirado do cargo sem ter oportunidade de ter apresentado todos os recursos. A gente vê as obras todas parando, esse governo entrou e tirou todas as pessoas que faziam parte do meu governo sem conhecer nada do andamento da cidade e do que estava acontecendo – apontou.
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Eccel apresentou ao TSE o recurso de embargos de declaração no dia 22 de abril para tentar reverter a sentença de cassação. O recurso segue em tramitação e não há previsão de julgamento.