O Diário Catarinense conversou com o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, na coletiva de imprensa que ocorreu na manhã desta segunda-feira a respeito da greve dos trabalhadores do transporte coletivo na Capital. Confira a entrevista:
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Diário Catarinense – O que a Prefeitura fez para evitar a greve?
César – No âmbito de nossa atividade, recebemos o Sintraturb. Passamos a manifestar incisivamente que a greve não contribui em nada. Falamos do novo modelo de edital e que o aumento tarifário está fora de cogitação. O aumento de tarifa motivou 14 paralisações em dez anos. O serviço de transporte coletivo é ruim, que não agrada a população. Para atender o que o Sintraturb pediu, teríamos que reajustar a tarifa acima de R$ 3.
DC – O que vai ser feito para acabar com a greve?
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César – A primeira determinação é a fiscalização das empresas para que cumpram a decisão do TRT. Constatamos que os ônibus estavam prontos. O que faltou foi pessoas. O laudo de descumprimento eu levarei pessoalmente ao procurador e ao desembargador. Também fizemos um esquema especial de vans.
DC – E se as empresas não cumprirem?
César – Estaremos notificando nesta tarde pela segunda vez. Fizemos outra notificação na semana passada. Cabe as empresas manter o sistema operando. Se não cumprirem, vamos multar.
DC – O que você acha da greve?
César – Acho que é injusta e ilegal. Nenhuma manifestação está acima da lei. Não é com paralisação selvagem como esta que vão conseguir aumento.
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DC – A Prefeitura vai participar das negociações?
César – A Prefeitura não vai sentar na mesa de negociação salarial. A Prefeitura tem que notificar, agir na Justiça. Tem uma decisão judicial. Ela está sendo solenemente ignorada. Vou buscar amparo no poder judiciário.
DC – E se a greve não acabar tão cedo. Há um plano B?
César – Vou confiar no fim da greve. Depois vou gastar as energias em busca de alternativas. O foco, agora, é a paralisação.
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