No primeiro dia de greve dos servidores do transporte coletivo da Grande Florianópolis ainda não há estimativas do que pode acontecer e de quando os usuários poderão ter o serviço restabelecidos. O único dado exato é de que não há ônibus circulando pela região. No começo da manhã os terminais estavam vazios.

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Por enquanto, a atitude do prefeito da Capital, César Souza, será cobrar das empresas de transportes uma resolução do problema, mas sem adiantar como e quando será feita essa pressão, e oferecer um transporte alternativo, mesmo que não atenda toda a população, para minimizar o impacto da paralisação. Esses dois assuntos serão temas de uma entrevista coletiva que o prefeito dará nesta segunda a partir das 9h.

Momentos antes, o colegiado será reunido e o assunto será debatido entre secretários. Algumas medidas podem ser anunciadas, como a expansão do trajeto das 200 vans e micro-ônibus que estão circulando em Florianópolis desde às 6h em regime de transporte alternativo.

O secretário de transportes da Capital, Valmir Piacentini, destacou ainda nesta segunda-feira de manhã que já foi feito tudo o que era possível. Rebatendo as reclamações dos usuários sobre o preço da tarifa do transporte alternativo, que fica entre R$ 5 e R$ 7, ele destacou:

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– É o custo das coisas. A gente não conseguiu mais barato e sabemos que o transporte coletivo não vai dar conta, mas vai minimizar os efeito da greve – disse Piacentini.

A Guarda Municipal e a Polícia Militar também estão em alerta para o aumento de veículos por causa da greve. Não foi comentada alguma mudança no trânsito.

Enquanto isso, Piacentini destaca o único caminho, pelo menos por enquanto:

– Vamos ter que conviver com isso e torcer para que acabe logo – disse o secretário.

Sem acordo entre os sindicatos

Mesmo com a indicação de que a Prefeitura pode vir a fiscalizar e a cobrar mais das empresas de ônibus, o sindicato patronal argumenta que não há o que fazer.

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Waldir Gomes, presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus da Grande Florianópolis, se diz refém da ação dos trabalhadores. Sem ter em mãos os dados do primeiro dia de greve, ele adiantou que estima que nenhum dos 950 ônibus tenha circulado na região.

O motivo seria os piquetes formados em frente às garagens, fazendo com que os motoristas e cobradores que quisessem trabalhar não pudesse entrar.

– Infelizmente não tenho poder de polícia. Se tivesse, a gente prenderia todo mundo (que está em greve) – afirma Waldir.

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O presidente destacou ainda que não pretende abrir negociações com os trabalhadores.

Do outro lado do impasse, o Sindicato dos Trabalhadores (Sintraturb) não quer adiantar informações de como está adesão à greve e quais serão as próximas movimentações.

O presidente, Deonísio Linder, disse apenas que por enquanto está tudo tranquilo e que ainda não foi feita nenhuma avaliação deste primeiro dia de paralisação.