O Partido Progressista (PP) retirou no final da manhã desta segunda-feira a candidatura do empresário Ingo Fischer e do advogado Juarez Piva a prefeito e vice-prefeito de Brusque. Eles estavam inscritos para concorrer aos cargos na eleição indireta que será realizada nesta quinta-feira.

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A diretoria jurídica da Câmara de Vereadores de Brusque explica que não é mais possível inscrever nenhuma chapa para disputar a eleição indireta e o processo ocorrerá com apenas uma chapa concorrendo. Com isso, os candidatos a prefeito Roberto Pedro Prudêncio Neto (PSD), atual prefeito interino da cidade, e a vice-prefeito, Danilo Rezini (PMDB), não terão adversários no pleito do dia 30.

De acordo com o requerimento de retirada da candidatura entregue na Câmara de Vereadores às 11h38min, o partido não concorda com a mudança de voto secreto para voto aberto e por isso retirou a candidatura. A emenda à Lei Orgânica Municipal vai para segunda votação ainda nesta segunda-feira.

“(…) registra-se na espécie uma manobra injustificada para, após estabelecidas as regras a serem seguidas nas eleições mencionadas, introduzir modificações na Resolução Administrativa nº 2, de 01 de abril de 2015 e no Edital n. 01/2015, o que macula de ilegitimidade as eleições a serem realizadas três dias após a mudança das regras pré-estabelecidas”, diz o o texto entregue pelo PP e assinado pelo presidente do partido, Evandro de Farias (ex-vice-prefeito cassado), e pelos candidatos Ingo Fischer e Juarez Piva.

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Segundo o presidente da Câmara de Vereadores, Jean Pirola (PP), caso a mudança seja aprovada é possível que seja aplicada para as eleições de quinta-feira. Ele declarou, na sessão que ocorre na tarde desta segunda-feira, que a eleição indireta – em que vereadores votam e elegem o prefeito e o vice, e não a população – é uma excepcionalidade:

– Quando estamos diante de uma exceção, como é essa eleição indireta, baseada em uma regra ultrapassada como o voto secreto, que a Câmara de Vereadores já das suas votações em 2013, não tenho problema nenhum em defender o voto aberto. Se nós não tivermos segurança jurídica de que a nossa eleição poderá ser anulada pela forma de voto, é obvio que a Mesa Diretora vai se reunir e dizer qual será a forma de votação.