Em uma sessão que se estendeu por mais de quatro horas, a Câmara de Vereadores de Brusque aprovou o voto aberto na eleição indireta que vai escolher o próximo prefeito no dia 30. Com o plenário lotado, a proposta contou com os 10 votos que precisava para mudar a lei orgânica do município.

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A bancada do PT na casa foi a única a se posicionar contra a proposta. Segundo a líder do grupo, Marli Leandro, a alteração pode criar uma instabilidade jurídica no processo eleitoral.

– Não se mudam as regras durante o jogo. Se essa mudança for aprovada, tudo poderá ser anulado pela Justiça – afirmou.

Entre os defensores do voto aberto, parlamentares alegaram que a decisão daria mais transparência ao processo, atendendo a um pedido da comunidade. A possibilidade de alterar o modo de votação foi levada pelo presidente da Câmara, Jean Pirola (PP) na semana passada e apresentada as lideranças partidárias durante uma reunião na última terça-feira à tarde. A leitura da proposta e convocação para a votação ocorreu no mesmo dia à noite, durante a sessão ordinária.

Ex-prefeito faz balanço da gestão

Em uma coletiva de imprensa ontem de manhã, o ex-prefeito de Brusque, Paulo Eccel (PT) apresentou à comunidade um balanço das ações feitas no Executivo durante a gestão, que durou seis anos e três meses. Eccel ainda destacou um relatório – disponível no site somostodosbrusque.com.br – que elenca 390 projetos e ações que deveriam ocorrer até 2016, quando o mandato terminaria, mas que foram interrompidas com a cassação anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no fim de março.

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Segundo Eccel, a prestação de contas foi feita a pedido da população, que o questionava sobre o andamento das obras.

– A gente anda pelas ruas e recebe ligações em casa perguntando sobre o estado da obra, se ela vai continuar ou não e porque parou. A partir desse instante percebemos que algo estava errado. Temos notícias do próprio movimento comunitário que as obras do orçamento participativo elas foram paralisadas na cidade. Existem obras na região central, mas de resto praticamente todas foram paralisadas – garante.

Apesar de se mostrar confiante de que a determinação do TSE será revertida, o ex-prefeito afirmou que desde que deixou o cargo no dia 31 de março não se inteirou mais sobre o que é feito no poder Executivo do município.

– Minha equipe de advogados vai seguir com os recursos cabíveis de acordo com o que determina a lei. Lógico que eu nutro esperanças de voltar – finalizou.

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