Os programas de pós-graduação da UFSC terão uma redução de 75% no valor previsto para despesas com atividades como participação em congressos, apresentação de trabalhos, tradução de artigos e financiamento de bolsas de doutorado no exterior em 2015. O corte no Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap) é reflexo do aperto que o Ministério da Educação (MEC) vem enfrentando após o orçamento anual da pasta ser reduzido em R$ 9,4 bilhões.

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Nesta quarta-feira, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) da UFSC se reunirá com os coordenadores das pós para fazer um balanço da situação e discutir formas de contornar o impasse.

O Proap é mantido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), instituição do MEC que financia programas de mestrado e doutorado. Na semana passada, universidades de todo o país receberam ofícios da Capes informando o repasse menor que o esperado para o programa. Na Federal de Santa Maria (UFSM), por exemplo, o talho foi de 68%; na da Bahia (UFBA), de 75%.

Na UFSC, o ofício enviado pela Capes na quinta-feira fala na liberação de “25% do valor originalmente previsto”, mas acena para possibilidade de reavaliar a situação ao longo do segundo semestre.

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Pró-reitora de pós-graduação, a professora Joana Maria Pedro explica que, além de afetar diretamente pesquisas novas ou em andamento, a redução significa um segundo semestre mais magro, já que parte da quantia esperada foi gasta na primeira parte do ano. Por isso mesmo, a universidade vem evitando gastos extra com custeio nos últimos meses, diminuindo o prejuízo aos pós-graduandos.

– Todo mundo já estava sabendo que haveria cortes nos orçamentos, então nos prevenimos um pouco. A ida de estudantes para eventos, por exemplo, não deve ser tão afetada, mas realmente esperamos que o repasse ao Proap seja maior. É como se diz: a gente se prepara para a tempestade e fica torcendo para que venha o sol – explica a pró-reitora.

No sábado seguinte ao envio dos ofícios, o MEC divulgou nota em que assegura o repasse de R$ 1,65 bilhão para os programas ligados à pós-graduação – incluindo o Proap. Segundo o ministério, o valor é de 90% do previsto para o ano, e nenhuma bolsa de estudo será interrompida. O que será suprimido, entretanto, não foi informado pela pasta.

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