A Polícia Civil de Camboriú está a procura de um homem de 42 anos suspeito de abusar sexualmente de três filhas menores de idade. A denúncia foi registrada no Conselho Tutelar há cerca de 10 dias, mas o caso não havia sido divulgado porque corre em segredo de Justiça. As três meninas de 12, 13 e 16 anos confirmaram à Polícia o estupro. Segundo relatos das vítimas, quando elas completavam 11 anos os abusos do pai começavam.
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Conforme a conselheira tutelar, Janaína Gervásio, o homem também é suspeito de agredir física e verbalmente a mãe das meninas com um cabo de vassoura e uma cinta, além de ameaçar as crianças e a mulher com um facão. A conselheira explica que a mãe, que é recicladora de lixo, não sabia dos abusos, pois nunca estava em casa quando eles aconteciam.
– A família dessas meninas é muito humilde, elas não tinham nenhum conforto, iam da escola pra casa. Nos relataram também que pediam para o pai não fazer isso, mas ele abusava delas com um facão do lado para que não resistissem, ameaçando ainda matar a mãe se contassem alguma coisa – conta.
Após receber a denúncia, o Conselho foi até a escola de uma das meninas, que acabou revelando o estupro. Depois disso, o órgão também buscou em casa as outras duas filhas que teriam sido violentadas. Além das três meninas, a família é composta por mais três filhas mulheres e um menino.
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Segundo a conselheira Janaína, o pai era alcoólatra e sempre que chegava em casa agredia a mãe das crianças. Conforme relato dos familiares, ele é considerado agressivo e não teria parentes em Camboriú. Desde que o crime foi descoberto, o homem fugiu e até o momento não foi localizado pela Polícia. De acordo com uma das filhas, após a denúncia ele teria passado na rua onde a família mora e ameaçado matar a menina.
A delegada responsável pelo caso, Giselle Cristina Costa Lima, afirma que o inquérito já foi concluído e enviado para o judiciário, que expediu um mandado de prisão preventiva para o homem. No entanto, ainda não há informações sobre o seu paradeiro.
– Já foram feitas diversas diligências, mas ele ainda não foi encontrado. No momento não temos nenhuma pista sobre onde possa ter ido, pode ser até que tenha saído da cidade, porque ele não voltou mais pra casa – explica.
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Giselle comenta que o inquérito aponta que teria ocorrido o estupro, constatado em alguns laudos médicos das crianças.
Acompanhamento psicológico
A conselheira tutelar Janaína informa que o Conselho está prestando apoio psicológico à família, com auxílio do Cras e Creas. Ela ressalta que o pai era quem mantinha o sustento da casa, já que o trabalho da mãe não conseguia cobrir todas as despesas dos sete filhos, por isso a assistência social também está atuando no caso para garantir o bem-estar das crianças e da mãe.
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Recentemente outro caso parecido foi registrado em Rio Negrinho, no Planalto Norte do Estado. O pai é suspeito de estuprar as duas filhas desde a infância.
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>> Delegado indicia suspeito de estuprar filhas por dois crimes em Rio Negrinho