O diálogo entre mãe e filha sobre os riscos da exposição na internet pode levar à prisão um homem de 32 anos, suspeito de ter assediado uma criança de 11 anos por uma rede social. O caso, envolvendo uma família de Palhoça, foi noticiado na edição deste domingo do Estúdio Santa Catarina, na RBS TV.
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O rapaz solicitou amizade em uma rede social e, logo após ser aceito pela criança, iniciou uma conversa. Estranhando a atitude, a jovem chamou a mãe, que passou a acompanhar o diálogo. Não demorou para que o papo passasse para a baixaria.
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– Fiquei sem dormir umas quatro noites, só de pensar que minha menina podia não estar mais aqui. Ele pedia fotos nuas dela, que é uma criança – contou por telefone.
Depois de reunir material suficiente, com prints das mensagens do rapaz, a mãe procurou a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCAMI) de Palhoça, que iniciou a investigação há cerca de dois meses.
Computador em análise
No último dia 1º, com mandado de busca e apreensão, uma equipe com oito policiais de Palhoça vasculhou a casa onde o rapaz mora com a mãe. O suspeito foi encontrado no trabalho e, após abordagem, negou as acusações. Na residência, foram apreendidos um notebook, um pen drive e um cartão de memória, que foram entregues à perícia.
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– Ainda aguardamos o resultado da análise, pois muitas imagens foram apagadas e precisamos ver o backup. Há suspeita de outras duas meninas vítimas deste mesmo homem – disse a delegada Patrícia Fronza.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito está em liberdade, mas um pedido de prisão preventiva foi solicitado e aguarda aprovação da Justiça.
– A internet é a porta para o mundo entrar dentro de sua casa – diz especialista
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– Eu me mantenho informada sobre toda ação dela na internet. Sei os amigos que estão ali e se apareceu alguém estranho, ela já me mostra – disse a mãe da menina abordada pelo homem de 32 anos.
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Esta atitude, de manter um acompanhamento sobre a ação da filha na internet, pode ter impedido mais um crime de pedofilia, garante o especialista em crimes virtuais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Adelmir Martins.
– A melhor forma de prevenção é o diálogo. É preciso desmistificar o mundo virtual e tratá-lo como real. A internet é a janela para o mundo, mas é antes disso uma porta para o mundo entrar dentro de casa – diz o agente.
Além do diálogo, Martins orienta sobre ferramentas para um controle sobre a navegação na rede, que monitora as páginas, os horários de uso e outras regras. Um dos sites indicados pelo policial civil é o SaferNet, que orienta pais e filhos sobre cuidados ao se conectar à internet e direciona denúncias para órgãos de segurança.
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Dicas de segurança na rede
:: O conselho é o mesmo para o mundo real: não fale com estranhos. Perfis fakes usam imagens de pessoas atraentes para facilitar o contato.
:: Mantenha o diálogo em casa sobre os riscos da internet. É preciso tratar o assunto como se fosse real e não virtual.
:: Busque ferramentas para acompanhar a ação de seu filho na rede. O site SaferNet é uma das referências, na visão do policial Adelmir Martins, especialista em crimes virtuais.
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:: Evite se expor na rede. Tente manter o comportamento na internet o mais próximo da sua realidade.
:: Denuncie atitudes suspeitas, busque orientação em órgãos de segurança sobre o que fazer.
Fonte: Polícia Civil