A Polícia Civil, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC), de Balneário Camboriú prendeu na quinta-feira um homem de 55 anos, suspeito de comandar um esquema de tráfico de entorpecentes na cidade. A localização do suposto traficante foi feita com apoio de agentes da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), que o prenderam em um apartamento na Ciudad del Este. Após a prisão, ele foi expulso do país pela migração e entregue aos policiais da DIC em Foz do Iguaçu (PR).

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O homem estava foragido do sistema penitenciário de São Paulo desde 2013 e possuía mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Criminal de Balneário. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Osnei Valdir de Oliveira, Ricardo Munhoz é suspeito de transportar drogas para o Brasil usando adolescentes como “mulas”. As principais mercadorias trazidas eram ecstasy e LSD, que depois seriam vendidas em baladas eletrônicas na região.

– Começamos a investigação em abril e descobrimos que ele fazia remessas de drogas, como ecstasy e LSD, para a nossa região e de maconha para São Paulo. Aqui em Balneário um adolescente de 16 anos recebia a droga e fazia a venda em casas noturnas. O dinheiro recebido era depositado em uma conta bancária. Uma mulher, que já foi identificada, também trazia a droga de Foz do Iguaçu para a cidade por meio de ônibus – explica o delegado.

Na manhã desta segunda-feira a DIC cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de um dos adolescentes suspeitos de revender a droga em Balneário. Os policiais apreenderam cerca de 250 comprimidos de ecstasy em uma quitinete da Rua Paraguai, no bairro das Nações. O adolescente de 16 anos foi conduzido à delegacia especializada.

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Conforme a DIC de Balneário Camboriú, esta é a terceira vez que o homem é preso por policiais do município. Em 2004, Munhoz teria sido preso na cidade por tráfico de drogas e associação para o tráfico – ele é suspeito de comandar um esquema de venda de cocaína para clientes de alto poder aquisitivo.

Em 2010, o homem foi preso novamente em um apartamento luxuoso no bairro Morumbi, em São Paulo. Na época, segundo a polícia, ele estaria aplicando golpes milionários contra o sistema financeiro nacional, como a clonagem de cartões.

– Hoje (segunda-feira) ele será interrogado e depois volta para o presídio da Canhanduba, em Itajaí. Munhoz vai responder por tráfico internacional, associação ao tráfico e corrupção de menores – afirma o delegado.

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A DIC informou ainda que o suspeito preferiu não se manifestar sobre o caso. A reportagem não conseguiu localizar o advogado de Munhoz e até as 18h30 desta segunda-feira, de acordo com a polícia, ele não havia se apresentado na delegacia.