Polícia conclui inquérito sobre caso da bebê que foi arranhada em creche de Itajaí sem indiciar ninguém

A Delegacia da Mulher de Itajaí concluiu o inquérito sobre o caso da bebê de três meses que foi arranhada em uma creche particular da cidade no mês de abril deste ano. De acordo com a delegada responsável, Flávia Rigoni Gonçalves, ninguém foi indiciado por falta de provas. O processo será encaminhado ao Fórum nesta semana.

A delegada explica que a situação é bastante delicada e nos depoimentos ninguém soube explicar como o bebê sofreu a agressão ou quem a teria praticado.

– Durante a investigação não encontramos provas que pudessem incriminar alguém, as duas professoras não viram e a diretora não estava na creche, não tivemos muitos esclarecimentos – afirma.

Flávia relata ainda que o inquérito constatou apenas a negligência das professoras e da diretora, que deixaram a criança sozinha. Mesmo sem ninguém ser indiciado, a delegada acredita que o Ministério Público deve pedir que o inquérito retorne para a delegacia apurar mais fatos.

– Conseguimos levantar muita pouca coisa, mas provavelmente alguém será responsabilizado – argumenta.

Além disso, a creche investigada não possui autorização do Conselho Municipal de Educação (Comed) para funcionar. O órgão deu prazo de 60 dias – que encerra em 11 de junho – para que a escola apresente a documentação necessária, como alvará da vigilância sanitária e habite-se do Corpo de Bombeiros.

De acordo com a presidente da câmara da educação infantil do Comed, Letícia Casanova, o conselho está aguardando os documentos para analisar e agendar uma visita à creche. Caso a orientação não seja respeitada, será emitido um relatório para o setor de fiscalização da prefeitura, que poderá fechar a escola.

A mãe da criança afirmou que entrou com um processo contra a creche e aguarda ser chamada para a audiência. A instituição foi procurada pelo Sol Diário, mas preferiu não se manifestar sobre o assunto.

Entenda o caso

Um bebê de três meses teria sido arranhado em uma creche particular de Itajaí no dia 7 de abril deste ano. Os pais da criança, que teve vários ferimentos na cabeça e no rosto, informaram que a agressão ocorreu no primeiro dia em que a pequena ficou em tempo integral na escolinha.

A mãe do bebê relatou ainda que foi chamada na creche porque algo havia acontecido com a filha e ao chegar no local viu que ela estava machucada. A diretora e professoras teriam dito que outra criança, de um ano, foi quem cometeu a agressão. A menina sofreu arranhões profundos no rosto e chegou a ter um dos brincos arrancados. O Conselho Tutelar também foi acionado.