A Polícia Civil de Itajaí instaurou inquérito no início da tarde desta quarta-feira para investigar o acidente envolvendo quatro motocicletas domingo à noite na rodovia Antônio Heil _ que liga Itajaí a Brusque. Na colisão, os dois pilotos Bryan Raul Amorim, 20 anos, e João Pedro da Silva, 16 anos _ que colidiram de frente _ morreram na hora.

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Monike Fischer, 20 anos, que estava na garupa da moto guiada pelo namorado Bryan, morreu na noite de terça-feira no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital de Itajaí desde a noite de domingo.

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Quatro casais de amigos divididos em motos e outro em um carro, haviam saído de Brusque para assistir ao show do RPM em Balneário Camboriú. O tatuador Bruno Yoshimura de Moura, conhecido como Japa _ sobrevivente do acidente _ conta que seguia atrás da moto de Bryan. Ele relatou ter visto quando João Pedro, ao fazer uma ultrapassagem perigosa, invadiu a pista em que ele e o amigo estavam. O motociclista que trafegava na frente de Bryan conseguiu desviar, mas Bryan não. A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) confirmou a versão do tatuador.

– No curso do inquérito, havendo a materialidade de que o adolescente estava conduzindo a motocicleta, os pais serão chamados para depor e podem responder por ceder veículo automotor a um menor de idade – afirma a delegada responsável pelo caso, Rosi Barbosa Serafim.

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Caso se confirme que o adolescente foi o responsável pelo acidente. A delegada explica que os pais dele não irão responder pelas mortes, mas estão sujeitos a ter de pagar eventuais indenizações requeridas pelas famílias das outras vítimas.

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Familiares de João Pedro contaram que o adolescente estava sozinho em casa na tarde de domingo quando quebrou o cadeado que prendia a moto da mãe e saiu com o veículo sem a permissão dos pais. No entanto, os parentes também disseram que o menino tinha o costume de trafegar com a moto em matagais.

A ocorrência registrada pela PMRv sobre o acidente chegou hoje à Central de Plantão Policial de Itajaí. Conforme Rosi, o documento não aponta culpado para a colisão, apenas se detém a informar o que aconteceu.

– Ainda nesta semana pretendo ouvir testemunhas e sobreviventes do acidente. Também já requisitei a perícia nas quatro motos e estou no aguardo dos exames toxicológicos dos três corpos – informa.

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A perícia nas motocicletas é fundamental, segundo Rosi, para esclarecer a dinâmica do acidente. A análise deve informar como ocorreram os impactos. Os resultados dos exames toxicológicos são igualmente importantes. Eles vão responder se havia álcool ou droga no sangue das vítimas.

A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito, mas o prazo está sujeito a prorrogação.