Com uma lista de 2 mil nomes em mãos – 500 considerados muito perigosos -, a Polícia Federal (PF) começou a agir para deportar os argentinos barrabravas e impedir que eles circulem pelo Brasil durante a Copa do Mundo. O primeiro foi expulso do país na última segunda-feira em São Paulo. Ele foi identificado como Daniel Ataldo, tem 45 anos e seguia para o Rio de Janeiro.

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Barrabrava do Rosario Central, Ataldo é conhecido como “El Rana”. Delegado do sindicato Unión del Personal Civil de La Nación (UPCN), que congrega os servidores da administração pública nacional argentina, ele foi barrado quando tentava ingressar no Aeroporto de Guarulhos pela manhã. À tarde, foi colocado em um avião e regressou ao seu país.

Em nota, a PF afirmou que “na cabine de imigração ele foi identificado como integrante de uma lista de pessoas pertencentes às barrabravas. A lista foi encaminhada ao Brasil pela Interpol, em cooperação policial internacional entre as polícias brasileira e argentina, com o objetivo de prevenir atos de violência durante os jogos da Copa do Mundo. O argentino já esteve no Brasil em outras oportunidades e foi reembarcado às 22h.”

Veja fotos dos barrabravas argentinos na galeria abaixo:

Em cinco das últimas sete Copas do Mundo, os barrabravas arrumaram confusão e espalharam medo. Brigaram entre si, com torcedores de outros países, foram deportados e mataram um homem na África do Sul. Voltaram para casa com máscaras e dedos em riste. Na estrada, costumam assaltar restaurantes e atormentar os comerciantes e donos de postos de gasolina.

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Organizados nos moldes da máfia, eles subornam policiais, pressionam dirigentes, vendem drogas nas arquibancadas e imediações dos estádios, administram estacionamentos, repassam ingressos, cobram comissões por passes de jogadores e militam em partidos e sindicatos. Em Porto Alegre, eles estarão no dia 25 para o jogo contra a Nigéria no Beira-Rio, o último da primeira fase.

Nas últimas décadas, os barrabravas foram responsáveis por grande parte das agressões em partidas de futebol na Argentina. Desde os anos 1920, conforme a ONG Salvemos al Fútbol (SAF), já causaram mais de 270 mortes.

No Infográfico, confira como se sustentam os barrabravas: