Nas últimas décadas, os barrabravas, integrantes de torcidas organizadas argentinas, foram responsáveis por grande parte das agressões em partidas de futebol na Argentina. Desde os anos 1920, conforme a ONG Salvemos al Fútbol (SAF), já causaram mais de 270 mortes. As regalias vividas por seus líderes são dignas de personagens da máfia. A cúpula da Guardia Imperial, do Racing Clube, por exemplo, fez um cruzeiro pelo Brasil no ano passado ao custo de US$ 1,6 mil, por pessoa. De acordo com o jornal argentino La Nación, eles movimentam cerca de 200 mil pesos (R$ 56 mil) mensais em revenda de ingressos e merchandising de artigos oficiais.
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Em comum, além de uma vida bancada por esquemas de corrupção e ameaças, um ambiente de impunidade, que favorece a perpetuação de lideranças negativas. De 10 nomes considerados mais perigosos pelo editor do diário esportivo argentino Olé, Gustavo Grabia, 46 anos, hoje o maior especialista em barra bravas no mundo, todos já tiveram algum tipo de problema com a Justiça e mesmo assim continuam convivendo no ambiente do futebol, direta ou indiretamente, e repassando seus reinados a afilhados. Não será surpresa alguma se eles forem flagrados no Brasil. Resta saber fazendo o quê.
No infográfico, confira como se sustentam os barrabravas: