A Polícia Civil, em parceria com a Receita Federal e a Polícia Rodoviária Federal, apreendeu 5,1 toneladas de maconha e quatro quilos de skank (subproduto da droga) na Serra de SC. A droga foi encontrada em fardos em meio a uma carga de milho. A operação aconteceu por volta das 14h30min desta quinta-feira na BR-116 em Ponte Alta e foi divulgada em coletiva de imprensa neste sábado. Além disso, foram presos dois irmãos empresários de Palhoça que, segundo a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), são os chefes da quadrilha. As investigações apontam que eles também seriam responsáveis por outras duas cargas de droga apreendidas recentemente no Estado.
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Segundo o delegado Pedro Henrique Mendes, da Divisão de Combate ao Narcotráfico (Denarc) da Deic, os presos são os empresários Eduardo Luis Quarti, 50 anos, e Sidnei Valmir Quarti, 48, que atuam no ramo de transportes. Eles foram detidos em Correia Pinto e estavam em uma camionete atuando como batedores da carga. O caminhão bitrem, onde foi encontrada a droga, estava no nome de um dos empresários. O motorista do caminhão, Eder Carvalho, 31 anos, também foi preso em flagrante:
— Era uma investigação que vinha sendo feita há alguns meses. E agora conseguimos prender os donos da droga, os chefes da quadrilha. Acreditamos que agora vai cessar um pouco a grande quantidade de drogas que entra no Estado. Os três foram presos em flagrante, as prisões já foram convertidas em preventiva e foram indiciados por tráfico e associação — afirma o delegado Mendes, que acrescenta que essa foi a maior apreensão da droga no Estado.
Segundo Mendes, a quadrilha também responde por outras duas apreensões realizadas nos últimos dois meses no Estado. As três somam 15 toneladas. A primeira apreensão, de 5,029 toneladas de maconha, aconteceu no dia 18 de maio, na BR-101, em Garuva. Já a segunda foi em 4 de junho, quando foram apreendidas 4,7 toneladas no pedágio da BR-101 em Porto Belo, litoral Norte. Nestas apreensões, apenas os transportadores da droga foram presos.
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Segundo as investigações, a droga, que era produzida no Paraguai, ficava armazenada no Mato Grosso do Sul e de lá vinha de caminhão para um galpão em Palhoça, de onde era distribuída principalmente na Grande Florianópolis. A Deic afirma que as investigações continuam para apontar outros envolvidos na quadrilha. A organização também será investigada por um homicídio no Paraguai contra um homem que teria sido considerado delator pela quadrilha.
O valor da carga apreendida nesta semana é estimado em R$ 10 milhões. Na nota fiscal, o milho tinha como destino um armazém em Imbituba.
Contraponto
Segundo a Deic, o advogado dos empresários e do motorista é Gilberto da Silva Tinoco. A reportagem tentou contato com ele, porém o celular estava desligado. Foi deixado recado e até as 11h deste domingo ainda não havia retorno.
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