O policial militar André Mauro Padilha, preso no fim de semana por porte ilegal de arma, já respondia a outro processo na Justiça. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por lesão corporal, disparo de arma de fogo e privação de liberdade de pessoa menor de 18 anos. O caso ocorreu há cerca de dois anos quando o policial estava de folga. A denúncia foi recebida pela 1ª Vara Criminal em outubro do ano passado. O processo está em fase de citação do réu.
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Além de gerar um processo na Justiça, o episódio resultou em um inquérito policial militar que está em fase de recurso. O comando-geral decidiu pela exoneração do PM da corporação. Mas a defesa do policial está recorrendo pela segunda vez da decisão. O último recurso deve estar chegando hoje à procuradoria-geral do Estado. Segundo a comunicação social da PM, o comando decidiu manter a exoneração. A decisão final cabe ao governador Raimundo Colombo.
De acordo com o advogado de defesa, Rafael Luiz Siewert, o PM agiu em legítima defesa. Segundo o advogado, no dia do fato, dois adolescentes surpreenderam o policial em frente a casa dele com uma faca. Padilha teria conseguido se desvencilhar dos garotos que correram para uma casa próxima.
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O PM teria entrado na casa para fazer a detenção dos adolescentes e, em seguida, teria acionado a viatura de área pelo 190. Objetos roubados e drogas teriam sido apreendidos na casa. O advogado afirma ainda que os adolescentes envolvidos no caso não foram mais encontrados para prestar esclarecimentos.
Durante a força-tarefa da PM no último fim de semana, Padilha foi preso com um revólver 38 com a identificação raspada. Na mesma casa onde ocorreu a prisão, no bairro Fátima, havia outra pessoa com uma motocicleta roubada. O policial responderá pelo porte ilegal da arma e o outro rapaz pela receptação da moto. Padilha já estava afastado das funções na polícia por causa do processo administrativo ao qual respondia. Ele vai permanecer detido no 8º Batalhão da PM até que o procedimento interno seja julgado.
André é irmão do policial militar Alexandre Mauro Padilha que morreu após dez dias internado no hospital, em dezembro do ano passado. Alexandre foi vítima de dois disparos de arma de fogo na madrugada do dia 5 de dezembro, no bairro Adhemar Garcia. O suspeito de ser o autor dos disparos é um adolescente de 16 anos que foi apreendido três dias depois.
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