Indiciamentos por uma série de crimes, pedidos de ressarcimento de danos ao erário e até ação por improbidade administrativa poderão resultar do inquérito que apura o confronto envolvendo estudantes e policiais, que aconteceu em 25 de março, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.

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No centro da confusão que coloca em lados opostos a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a PF, o delegado Paulo Cassiano Júnior voltou a se manifestar sobre o episódio na manhã desta segunda-feira.

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Em entrevista coletiva na PF, o delegado, que novamente está como superintendente em exercício no Estado, deu detalhes sobre o andamento da investigação aberta sobre o confronto no bosque e em que duas viaturas foram depredadas.

Ele confirmou que 40 pessoas, entre professores, servidores e alunos da UFSC foram intimados para depor, mas não informou nomes. Disse que, entre quatro a seis pessoas são funcionárias da universidade, que provavelmente haverá indiciamentos e não descartou eventual ação por improbidade administrativa.

– Ainda estou aqui, não me derrubaram – disse Cassiano aos jornalistas ao final da entrevista, em referência a comentários na época sobre eventual transferência em razão do episódio no campus.

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O superintendente afirmou que o inquérito apura crimes como dano ao patrimônio, lesão corporal, furtos de objetos pessoais de policiais e servidores da própria universidade que estavam nas duas viaturas danificadas, como um carregador de munição para pistola.

Além destes delitos, completou, são apurados crimes contra a honra e de resistência à ação policial. A PF pretende concluir o trabalho em 30 dias.

– É importante dizer que não estamos colocando as pessoas dentro do mesmo saco e na fogueira. Não significa que todas essas 40 pessoas serão responsabilizadas, pois algumas são testemunhas – afirmou o delegado.

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Na tarde de 25 de março, uma ação da PF contra o consumo e o tráfico de drogas no campus acabou em confronto entre 300 estudantes e policiais militares. A tropa de Choque da PM foi acionada pelos federais, que não conseguiram deixar o local após a detenção de estudantes com pequena quantidade de maconha.

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