A Petrobras confirmou na tarde desta sexta-feira (1º) a escolha de Ivan Monteiro como presidente interino da companhia, até a eleição de um novo executivo em definitivo para o cargo. Monteiro vai acumular a função juntamente com a de Diretor Executivo Financeiro e de Relações com Investidores. Ele assume interinamente após a saída de Pedro Parente, que pediu demissão nesta sexta após dois anos à frente da estatal.
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Monteiro chegou na Petrobras junto com ex-presidente Aldemir Bendine, nomeado pela então presidente Dilma Rousseff. Investigado pela Lava-Jato, Bendine perdeu o cargo, mas Monteiro permaneceu e trabalhou durante os dois últimos anos ao lado de Pedro Parente.
Quando Bendine foi presidente do Banco do Brasil (BB), ele ocupou a vice-presidência de Gestão Financeira e de Relações com Investidores de 2009 a 2015. No BB, já havia ocupado cargos de gerente executivo da Diretoria Internacional, superintendente comercial, gerente geral nas agências em Portugal e Nova York e diretor comercial. Antes de ir para a Petrobras e o Banco do Brasil, sempre atuou como executivo de diversas instituições no mercado financeiro.
Ações da Petrobras fecham em queda
Depois o anúncio do pedido de demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente, as ações da Petrobras fecharam entre as maiores quedas do Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, a B3. Com a desvalorização de 14,86% nas ações preferenciais da companhia, que fecharam a R$ 16,16, e a perda de 14,92% nas ordinárias, que encerraram a R$ 18,88, a estatal perdeu R$ 40 bilhões em um só dia. No início do pregão, a petroleira era avaliada em R$ 271,4 bilhões. No fim da tarde, ela valia R$ 231 bilhões.
Na esteira da saída inesperada de Pedro Parente – que, de forma pouco usual, foi anunciada com o mercado financeiro em operação -, as ações da companhia chegaram a ter as transações suspensas no fim da manhã, diante da volatilidade. Com a saída do executivo, analistas e investidores passaram a temer que se amplie a intervenção governamental na gestão de preços da companhia.
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A política de reajustes diários dos combustíveis, que vinha sendo adotada ultimamente, foi citada como um dos motivos para a greve dos caminhoneiros, deflagrada no último dia 21 e que se estendeu por cerca de dez dias. A gestão de Parente também ficou na mira da greve dos petroleiros, que ocorreu nesta semana.
*Com informações da Agência Brasil.
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