Não é difícil para Evando ficar emocionado ao falar sobre a sua trajetória no Avaí. Afinal de contas, foram cinco passagens pelo clube e uma que, com certeza, vai ficar marcada para sempre para ele e para o torcedor do Leão. Hoje, o Iluminado está perto de viver mais um grande momento de emoção pelo clube do coração. Um pouco diferente daquele do dia 11 de novembro de 2008, quando o camisa 9 marcou o gol sobre o Brasiliense, que garantiu o acesso da equipe azurra à elite do futebol após 30 anos. No sábado, a equipe pode carimbar mais uma vez o passaporte para a Série A se vencer o Londrina, no Paraná.

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Dessa vez, Evando não estará de chuteiras, brigando pela bola, invadindo a área esperando o melhor momento para balançar as redes, mas sim no banco de reservas, ao lado do técnico Claudinei Oliveira, ajudando a comandar o time que fez uma arrancada impressionante após um Campeonato Estadual em que lutou para não ser rebaixado. Se não passar pelo Londrina, o Leão ainda tem mais uma partida, contra o Brasil de Pelotas, na Ressacada, para chegar à Série A dependendo de suas próprias pernas. Se o acesso for garantido nesta rodada, uma coisa é certa: o Iluminado vai chorar.

– Não será fácil, Londrina é concorrente direto, mas estamos nos preparando. Respeitamos o adversário, mas acreditamos ser o nosso momento. Vou chorar igual criança, estou segurando já faz dias e o coração fala duplamente, como profissional e como torcedor – disse Evando, em entrevista à repórter Alessandra Flores, da RBS TV..

Ao lado do filho Samuel, que aposta em uma vitória por 1 a 0 no sábado, o ídolo do Avaí relembra histórias que deixam o garoto cheio de orgulho. Em 2008, no inesquecível gol de bicicleta contra o Corinthians, na Ressacada, o jogador fez o gesto “embala neném” e dedicou o feito ao pequeno filho.

– O gol do Corinthians foi o primeiro que ofereci para ele, que nasceu naquela época – relembra.

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Nova função, mesmo amor

Aposentado como atleta desde 2012, Evando tem apenas um lamento sobre sua história no Leão: diz que jogou muito pouco pelo clube que aprendeu a amar e torcer.

– Eu joguei só 117 partidas pelo Avaí. É muito pouco. Tinha que ter jogado 300, 400, não deveria nunca ter saído, mas eu precisava. Faz parte. Agora, tenho o privilégio de poder cooperar e sei que tenho importância dentro desse projeto todo. Minha união junto aos atletas é importante, os atletas se identificam. Espero poder contribuir e aprender cada vez mais. Quem sabe, um dia eu possa ser treinador primeiro do Avaí e depois de outros clubes – projeta o ex-jogador.

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