As unidades da Peccin Agro Industrial em Jaraguá do Sul (SC) e Curitiba (SC) terão o registro de funcionamento (SIF) cassado pelo Ministério da Agricultura. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, quando o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, apresentou um balanço das auditorias dos 21 estabelecimentos que estavam sob suspeição desde a deflagração da Operação Carne Fraca no dia 17 de março. Além do Peccin, o Central de Carnes (Colombo-PR) terá o registro cassado.
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Até o fechamento da matéria, o Mapa não havia informado quais critérios foram utilizados para fechar. O órgão publicou uma lista da situação de cada um dos 21 suspensos (veja abaixo).
— Outros frigoríficos também poderão ter o registro cassado, na medida em que nossas auditorias avancem. Todos os que erraram terão de pagar pelo erro. Não importa se são grandes ou pequenas empresas – afirmou Novacki.
Após a operação da PF, o Peccin anunciou a demissão de 177 funcionários na unidade de Jaraguá e de outros 300 na planta de Curitiba (PR). Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Jaragupá do Sul e região (Stiajs), Valcir Braga Rodrigues, a maior parte dos funcionários tinha esperança de que a unidade reabrisse. Em Jaraguá do Sul, a homologação das rescisões começou nesta quinta-feira.
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O Mapa informou hoje que vai intensificar a fiscalização e antecipar o calendário de auditorias. Já estão sendo realizadas ações em Santa Catarina, Pernambuco, Bahia, Tocantins, Rio de Janeiro e São Paulo. As equipes de fiscalização nesses Estados terão rodízio com troca de posições e até possíveis substituições de superintendentes.
—Queremos que essas auditorias nos deem a situação real de como estão funcionando os serviços de inspeção em cada estado. Todos os resultados serão divulgados e compartilhados com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal – disse Novacki.
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