A partir deste domingo, usuários do transporte coletivo de Criciúma começam a pagar o novo valor sancionado pelo prefeito Márcio Búrigo na noite de sexta-feira: R$ 3 no cartão e R$ 3,25 no dinheiro. O aumento de 9,4% e 10,1%, respectivamente, representa o maior acréscimo já feito nas passagens de ônibus de Criciúma até hoje.
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Até então, o maior aumento já registrado havia sido em 2011, quando a passagem aumentou R$ 0,24. Os valores anteriores eram de R$ 2,47 no cartão e R$ 2,95 em dinheiro. Agora, junto com Joinville, Blumenau e Jaraguá do Sul, a cidade do Sul catarinense tem a passagem mais cara do Estado.
Para estudantes, a tarifa será de R$ 1,50. Professores cadastrados na prefeitura pagam R$ 2,25. Já o executivo (“mineirinho”) passa para R$ 3,70 no cartão e R$ 4 em dinheiro.
Segundo as empresas do transporte, a medida é justificada por uma queda no número de passagens vendidas. Planilhas apresentadas pela Autarquia de Segurança e Trânsito de Criciúma (ASTC), apuradas em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público estadual (MP-SC), foram entregues para a prefeitura no mês passado. A ASTC propunha aumentar o preço da passagem para R$ 3,17 no cartão e R$ 3,48 em dinheiro.
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Movimentos contestam aumento das tarifas
A notícia de um possível aumento nas tarifas foi divulgada há algumas semanas e motivou protestos e contestações no município. Os movimentos envolvidos contestam os números apresentados pela ASTC e consideram o aumento abusivo.
Na sexta-feira, integrantes do Movimento dos Usuários do Transporte Coletivo de Criciúma (Mutuc) e estudantes da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) entregaram um abaixo-assinado com quase mil assinaturas, coletadas durante um protesto na quinta-feira, ao prefeito Márcio Búrigo. Na semana passada, um catracaço foi realizado próximo ao Terminal Central.
Vinicius Monteiro, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unesc e integrante do movimento #VemPraRuaCriciúma, afirma que grupos contrários ao aumento apresentaram contestações diretas às planilhas da ASTC, apontando o que consideram erros nos cálculos e chegando ao valor de R$ 2,87 (valor único).
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– É um absurdo, o aumento não foi justificado. Defendemos o valor real e justo, e temos consciência de que propor valores acima dos apresentados pelos movimentos é ser conivente com fraude.