A primeira metade do ano chega ao seu final e traz consigo diversas surpresas nas soluções de questões macroeconômicas. Depois de eleições conturbadas e um primeiro resgate financeiro ainda no primeiro trimestre, a Grécia parece cada vez mais fora do bloco europeu.

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Nos Estados Unidos, a economia segue em recuperação e sem definição sobre o momento de elevação dos juros. A economia foi fortemente afetada neste primeiro semestre por fatores naturais, inclusive com o próprio Fed (Federal Reserve, o banco central americano),reconhecendo que não houve taxas relevantes de crescimento.

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A China, que sinalizava ter sua desaceleração planejada, vem apresentando sucessivos cortes nos juros e compulsórios em meio a especulações de bolhas. Pela quarta vez desde novembro, cortou taxas de empréstimos e reduziu o compulsório mínimo dos bancos. Essa é uma clara sinalização de que os chineses não jogarão a toalha para atingir o crescimento projetado de 7%.

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Voltando para o cenário doméstico, caso um brasileiro estivesse fora de setembro até hoje e não soubesse quem fora o candidato vitorioso nas últimas eleições, ao acompanhar as medidas que vêm sendo implementadas no País, certamente ele apontaria que a presidente Dilma Rousseff havia sido derrotada.

O novo governo Dilma se afasta, cada vez mais, das promessas de campanha com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em busca do ajuste fiscal e de um Banco Central (BC) constantemente afirmando que controlará a inflação para recuperar a sua credibilidade. Em meio à dificuldade de se realizar o ajuste, temos um BC atento à taxa de inflação, a qual deve estourar o teto da meta de 6,5%.

O BC iniciou um ciclo de alta da taxa básica de juros da economia e busca, a todo custo, derrubar a expectativa de inflação dos próximos anos. Além disso, afirma que levará a inflação de volta para o centro da meta. Em seu último relatório trimestral de inflação, o banco sinalizou que o ciclo de aperto monetário continuará, pois teme que a inflação de 2015 possa contaminar a dos próximos anos.

Por fim, o Brasil viu o segundo mandato de Dilma começar com promessa de continuidade, mas a agenda que vem sendo seguida parece cada vez mais com a de Aécio Neves, o seu adversário derrotado.

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