“Isso não é brincadeira de menina”, “Mulher nasceu para casar e ter filhos” e “Você come muito para uma menina” são algumas das frases expostas em em um painel no corredor da Escola Autonomia, em Florianópolis. A iniciativa faz parte da feira literária deste ano e tem como objetivo abordar o protagonismo feminino dentro da literatura e questionar conceitos e posturas que reproduzem ou aumentam as desigualdades entre os gêneros. Dentre as atrações, sarau literário sobre mulheres escritoras, exposição de bordados de meninas e meninos e palestras sobre gênero.

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A programação começa nesta sexta-feira e segue até o dia 8 de julho. As ações devem impactar cerca de 700 alunos da escola, desde as séries iniciais até o Ensino Médio. A diretora pedagógica da escola, Eloiza Schumacher Corrêa, explica que o tema desde ano, “Elas dizem!”, foi definido pela sua urgência e também pela própria história da fundação da escola.

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— A discussão sobre gênero, aliás sobre direitos humanos de uma forma geral, é uma constante em nossas aulas. Foi uma construção coletiva. Nossa equipe está sempre atenta ao que pode fazer sentido, ser relevante tanto para nossos estudantes, como para a comunidade em geral. Mexer nesta temática é algo, no mínimo, urgente em todas as esferas da sociedade — afirma.

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Eloiza conta que a escola foi fundada por um grupo de 16 professoras, que “idealizavam uma educação diferenciada e atraente para os estudantes, com princípios humanistas, com propostas pedagógicas criativas e condizentes com a realidade contemporânea”. Os alunos terão palestras com a fundadora da Casa da Mãe Joanna, Joanna Burigo, e professoras do Núcleo de Estudos de Gênero da UFSC.