Pacientes infectados pela bactéria KPC, no Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, foram isolados dos demais e estão com funcionários exclusivos para acompanhá-los. A decisão aconteceu depois de casos de infecção pela superbactéria resistente a medicamentos.

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Até o momento, havia o registro de sete casos de infecção e 12 casos de colonização, todos portadores de doenças pré-existentes graves. Dos sete pacientes com infecção, três morreram. Oficialmente, o surto está sob controle.

Na terça-feira pela manhã, informações repassadas para a imprensa pela coordenadora estadual de combate à infecção de Santa Catarina, Ida Zoz, causou preocupação. Segundo ela, uma área de isolamento não havia sido criada até aquele momento no Hospital Celso Ramos por falta de pessoal treinado para lidar com o protocolo necessário.

Ela teria dito que muitos funcionários foram contratados há pouco tempo e ainda não receberam treinamento para situações em que o risco de contágio faz com que o isolamento dos pacientes contaminados seja necessário. A coordenadora falou ainda que ao invés de estarem isolados, os pacientes estavam na unidade de tratamento intensivo e semi-intensivo, junto com outros pacientes.

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Durante a tarde, a Secretaria de Saúde divulgou uma nota, onde afirma que todos os procedimentos de isolamento necessários já haviam sido colocados em prática. Procurada pela reportagem, Ida Zoz confirmou o isolamento dos pacientes um uma das sala de UTI, conforme o indicado. As outras áreas de UTI estão sendo utilizadas normalmente, e sem risco, por pacientes não infectados.

Sob controle

Popularizada como superbactéria, a KPC preocupa quem tem familiares ou amigos hospitalizados. Apesar da situação ser considerada controlada pela Coordenação Estadual de Combate à Infecção de SC, sem risco de uma epidemia, a população se questiona sobre a chance de infecção fora do ambiente hospitalar.

O médico Osvaldo Vitorino Oliveira, especialista na área de infectologia e epidemiologia, esclarece que a bactéria se restringe apenas hospitais e em pessoas com quebra de barreira imunológica.

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– Esta bactéria só atinge pacientes fragilizados e internados em hospitais, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva.

Confira o vídeo com o infectologista: