A confirmação de um surto da bactéria KPC, conhecida como superbactéria, no Hospital Celso Ramos, preocupa quem tem familiares ou amigos hospitalizados. Apesar da situação ser considerada controlada pela coordenação estadual de combate à infecção de SC, sem risco de uma epidemia, a população se questiona sobre a chance de infecção fora do ambiente hospitalar.

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Durante um bate-papo com os internautas nesta terça-feira, o médico Osvaldo Vitorino Oliveira, especialista na área de infectologia e epidemiologia, reforça que a bactéria se manifesta apenas em hospitais e em pessoas com quebra de barreira imunológica.

– Esta bactéria só atinge pacientes fragilizados e internados em hospitais, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva. Ela pode provocar pneumonia, infecções urinárias em pacientes com sondas, e infecção de ferida cirúrgica – afirma. Conforme o médico, as bactérias tem vários mecanismos de resistência e, pelo uso dos antibióticos no ambiente hospitalar, são selecionadas as mais fortes.

Apesar de não ser uma doença infecto-contagiosa propriamente dita, as mãos e os utensílios utilizados no atendimento são responsáveis por “transportar” a bactéria. O risco de contágio não está descartado para familiares e profissionais de saúde, mas apenas as pessoas com defesas naturais muito comprometidas podem adoecer.

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O principal procedimento de higiene para quem tem um parente hospitalizado é a lavagem correta das mãos antes e após a visita. Evitar tocar em objetos dentro do hospital e sentar na cama ou na escadinha da cama do paciente são outras medidas de segurança.

Confira o vídeo com o infectologista:

Medidas preventivas

Desde de janeiro, o Celso Ramos vem adotando medidas preventivas para conter o avanço da infecção: cancelou das cirurgias eletivas, reduziu no número de visitas, reforçou nas orientações sobre a higienização das mãos entre os profissionais de saúde e desinfectou o centro cirúrgico.

No momento há duas pessoas infectadas e quatro com colonização, pacientes que têm a bactéria na pele, mas não manifestam a doença.

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Leia o chat na íntegra: