O Hospital Celso Ramos, o maior de Florianópolis, passou por um surto da bactéria KPC e agora se encontra em estado de alerta com a infecção controlada, informa Ida Zoz, coordenadora estadual de Combate a Infecção. No momento há duas pessoas infectadas e quatro com colonização, termo médico para pacientes que têm a bactéria na pele, mas não manifestam a doença.
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Zoz declara que a situação está controlada porque todas as pessoas internadas são submetidas a exames e nenhum novo caso foi encontrado. A coordenadora de combate a infecção ressalta que um paciente contaminado chegou de um hospital do interior com o KPC. Por medida de precaução as cirurgias eletivas foram canceladas e as visitas reduzidas.
Mesmo com o surto não há motivos para pânico. Todos têm a bactéria no intestino e a doença só se manifesta em pessoas com imunidade baixa como portadores de doenças crônicas como insuficiência renal e câncer. Por serem obrigadas a tomar muitos medicamentos o KPC adquire resistência.
A bactéria
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A bactéria KPC (Klebsiella pneumonia Carbapenemase) é um microrganismo que foi modificado geneticamente no ambiente hospitalar e que é resistente às drogas existentes. Os primeiros casos do microorganismo foram detectados em pacientes internados em UTI, nos Estados Unidos.
No Brasil, segundo a Anvisa, já foram identificados 135 casos desde 2010. O contágio ocorre basicamente dentro do hospital, pelo contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.