Acostumado a correr maratonas mundo afora, o jornalista paulista André Tarchiani Savazoni, de 38 anos, completou a Maratona de Boston em 3h01min, cinquenta minutos após o vencedor da prova. André cruzou a linha de chegada bem antes das explosões. Já havia deixado a região da Boylston Street quando soube do incidente. A mulher, Mariluci, 38, estava torcendo por ele no reservado onde as bombas foram detonadas.
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– A primeira coisa que pensei foi: “Minha mulher foi salva porque corri rápido”.
André e Mariluci precisaram de algumas horas para se recompor do susto, deixar o hotel e voltar às ruas de Boston.
– As pessoas estão muito tristes, pois atingiram a alma da população. A Maratona de Boston tem 117 anos, é um patrimônio da cidade e envolve toda a comunidade. Os moradores de Boston estão chorando nas ruas – contou o paulista, de Jundiaí.
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Segundo o maratonista, toda a região onde ocorreram as explosões está isolada pela polícia. A mídia evita utilizar a palavra “terrorismo”, enquanto segue investigando a origem do atentado.
– Todos estão sendo prudentes. Eles não falam em terrorismo de jeito algum. Acho que é para não dar um desespero geral. Mas Washington e Nova York também estão em alerta – relatou André.
Explosões deixaram pelo menos dois mortos
Duas explosões na Maratona de Boston mataram duas pessoas e deixaram pelo menos cem feridos nesta segunda-feira. A primeira explosão ocorreu três horas depois de os ganhadores cruzarem a linha de chegada. Outro estrondo foi ouvido poucos segundos depois. A região ficou tomada de fumaça e boa parte da estrutura montada para a maratona foi abalada. Milhares de pessoas foram retiradas do local, que foi isolado.
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Veja o mapa com o local da chegada onde ocorreram as explosões: