A definição sobre o que realmente ocorreu em Chapecó na tarde desta quinta-feira ainda não é consenso entre órgãos de meteorologia. Enquanto a Epagri/Ciram diz que o fenômeno registrado foi uma microexplosão, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) fala em tornado.
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Ambos causam destruição com ventos fortes, mas têm características diferentes. A microexplosão, segundo o meteorologista do Grupo RBS, Leandro Puchalski, ocorre quando uma parcela de ar se desloca violentamente da base da nuvem em direção ao solo, ou seja, como se fosse uma explosão mesmo. Segundo ele, foi o que ocorreu em Chapecó na quinta-feira.
Pelo tipo de casas destruídas e pelo relato de que um carro teria sido arrastado uns 50 m, podemos estimar que o vento na região tenha se aproximando dos 117 a 180 km/h, afirma Puchalski.
A Epagri/Ciram explica que em fotos e vídeos foi possível identificar a ação da microexplosão e não de um tornado. A meteorologista do órgão, Gilsânia Cruz, diz que os estragos ocorridos estão mais associados ao fenômenos.
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Reprodução de uma microexplosão:

O tornado, que é a tese defendida pelo Inmet, consiste num funil que se forma entre a base da nuvem e o solo. Esse vento é em rotação e dependendo da intensidade do fenômeno pode trazer muitos estragos. O Inmet diz que a intensidade ocorrida no Oeste foi baixa dentro dos padrões de tornado e que ele ocorreu na comunidade Monte Alegre.
— Foi confirmado tornado por causa dos ventos nas região, pela destruição e interpretação das imagens. Conferimos com nossos técnicos em Brasília, que também confirmaram — afirmou Gil Russo, meteorologista do 8º Distrito do Inmet em Porto Alegre (RS).
Russo diz que a intensidade do tornado foi um F0. Esse grau tem velocidade inferior a 117 Km/h.
Família tem casa destruída por vendaval na comunidade Monte Alegre, em Chapecó