“O JEC é o campeão moral e esportivo”, diz César Sampaio sobre o Catarinense

O título do Campeonato Catarinense pode não ter sido homologado pela Federação Catarinense de Futebol, mas a segunda-feira foi de festa para o elenco do Joinville. De folga, a equipe comemorou o título “moral e esportivo” do Estadual, com o grupo comparecendo em bom número à festa do Top da Bola, premiação que elege os melhores da competição.

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Superintendende de futebol do Tricolor, César Sampaio fez um balanço positivo da participação da equipe no Estadual. Apesar do começo de competição abaixo do previsto, o profissional elogiou o crescimento do time na reta decisiva e comentou a decisão de permanecer com a comissão técnica no decorrer da competição, apesar das diversas cobranças sofridas durante o Catarinense.

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Sampaio falou também sobre o novo foco do Joinville, que a partir desta terça-feira para a ser a Série A. De acordo com o superintendente, a equipe ainda está em busca de um volante para fortalecer o elenco.

AN – Qual é o balanço que você faz da participação do JEC no Catarinense?

César Sampaio – Nós parabenizamos os atletas e a comissão técnica por mais um êxito. Foi uma gangorra essa competição. Desde o início, fomos taxads como um dos favoritos pelo título da Série B. Fizemos uma primeira fase aquém daquilo que poderíamos apresentar com relação à qualidade do elenco. Tivemos algumas lesões que nos atrapalharam bastante e até mudamos o modelo de jogo, que é um dos pilares de sustentação da equipe. Classificamos na última rodada para o hexagonal e depois, sim, reencontramos o nosso melhor, já do meio do hexagonal para frente. Corremos alguns riscos, mas o grupo tem a característica de responder muito bem aos desafios, aos momentos de adversidade. Agora, esperamos ter uma constância na Série A, porque acho que já entendemos quais são nossas forças e nossas fraquezas. A regularidade vai ser fundamental para a permanência na Série A.

AN – A comissão técnica sofreu muita pressão durante o Estadual. Você também foi bastante cobrado. Como foi lidar com tudo isso?

César Sampaio – É inerente à nossa função. Todos somos contratados para produzir resultados. Quando eles não vêm, há uma grande exposição, que é proporcional tanto na adversidade quanto no êxito. Então, tomar decisões sob pressão é uma das competências necessárias para um gestor e nós procuramos balizar a nossa tomada de decisões em ferramentas de controle que nos dão uma realidade de onde estamos errando. A gente fica feliz porque acertamos em permanecer com a comissão técnica, que foi quem sofreu maios pressão e com alguns atletas, que foram criticados por torcedores e pela imprensa. A médio e longo prazo fomos bem.

AN – O JEC comemorou o título ou a festa foi menor por causa desta confusão extracampo?

César Sampaio – O fator principal é dentro de campo. Nos preparamos para corresponder dentro de campo e o Figueirense vai usar daquilo que tem de sustentação para buscar reverter este quadro. Mas não só moralmente, como esportivamente, somos campeões. E estamos confiantes pelas jurisprudências e pelo nosso jurídico, que tem pessoas competentes para nos assegurar o que conquistamos dentro de campo.

AN – O JEC se acostumou a brigar por título. Como será encarar essa nova realidade, que é a Série A, uma competição muito mais difícil?

César Sampaio – O nosso time responde muito bem sob pressão. Então, não ser favorito também é um dos pontos fortes para que possamos nos superar. O grupo tem respondido bem à adversidades.

AN – Já foi possível fazer algum balanço após o Estadual? Tem atletas chegando, atletas saindo?

César Sampaio – O discurso é o mesmo. No início do ano, dissemos que buscávamos terminar o Estadual com o elenco de 70% a 80% definido e isso acontece hoje. A gente entende que tem 85% do elenco definido. Temos que fazer alguns ajustes. Alguns atletas que, no nosso entendimento não renderam, devem dar lugar a outros. E também no setor de meio campo, com a lesão do Geandro, devemos buscar mais um volante.