Desde que 2017 nasceu, jornais, portais e analistas econômicos vêm bradando: a economia brasileira está melhorando. Em maior ou menor grau, os indicadores começaram a dar esses sinais de retomada. No emprego, o país fechou outubro com a criação de 76.599 postos vagas de trabalho segundo o Caged — o melhor resultado do ano. A indústria também reagiu: a produção do décimo mês de 2017 avançou 5,3% em comparação com o mesmo período 2016. No varejo brasileiro, a alta de outubro foi de 2,5% na comparação com o ano passado. Não dá para dizer que os números não estão melhores.

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Ontem, para completar o cenário positivo, o Banco Central divulgou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) para outubro com alta de 0,29%. Esse foi o segundo mês consecutivo de alta. Na comparação com outubro de 2016, houve crescimento de 2,92% nos dados sem ajustes.

Considerado uma prévia do PIB, o IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar as decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Apesar de sabermos que os dados de comparação são bastante baixos — o que facilita o crescimento relativo —, não dá para negar que o fundo do poço parece ter ficado para trás. E faz parte da lógica que um resultado positivo influencie o bom-humor do mercado e isso acabe gerando um ciclo virtuoso na economia.

Eu já escrevi no passado que bom-humor não paga as contas. Mas é fato que o otimismo ajuda a impulsionar um ciclo que tende à recuperação.

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Também ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o resultado do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei). A taxa aumentou 1,8 ponto entre novembro e dezembro, alcançando 58,3 pontos. É o melhor desempenho desde novembro de 2012, quando estava em 58,4 pontos.

Desde julho, quando atingiu a marca de 50,6, o Icei entrou em trajetória de crescimento. Não por acaso, foi por essa época que os indicadores do país começaram a retomar o crescimento. Um resultado combinado de melhores condições de negócios e perspectivas mais otimistas.

Por essas e por outras, dá para dizer que o pior já passou. Porque o discurso é assim repetido. E porque, de fato, os números começam a comprovar essa retomada.

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