É dada como certa pelo Ministério da Justiça a construção de uma faixa extra entre os quilômetros 232 e 235 da BR-101, em Morro dos Cavalos – projeto que vinha sendo discutido desde agosto do ano passado, quando o Dnit lançou a proposta. Havia um impasse porque a obra cortaria uma área indígena, onde vivem cerca de 200 pessoas.
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Na sexta-feira, o ministro José Eduardo Cardozo intermediou uma tentativa de acordo entre os dois grupos envolvidos no caso, a comunidade indígena que ocupa área e os proprietários de terra no local. Resultado: já na semana que vem será realizada uma reunião com os técnicos responsáveis pela construção da quarta pista para sanar pendências burocráticas do projeto, última etapa antes da autorização das obras.
As negociações avançaram porque quatro proprietários de terras na região de Morro dos Cavalos teriam manifestado interesse em fazer acordo para deixar o local – mediante indenização com valores de mercado e atualizados.
A saída do grupo abriria espaço para a transferência dos indígenas que vivem em cima do morro que fica às margens da BR-101. Era uma das reivindicações da Funai, liberar as obras somente se fosse possível tirar os índios da beira da rodovia.
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Trecho é um dos piores gargalos da rodovia
Segundo o ministro, falta agora calcular os valores da indenização e fechar o negócio. Já as questões técnicas da obra serão tratadas em reunião com o DNIT, que deve ocorrer na semana que vem.
A quarta pista tem como proposta dar vazão ao trânsito durante a construção dos dois túneis que fazem parte do projeto de duplicação da BR-101. Os túneis ainda estão em processo de licenciamento ambiental e tem prazo de conclusão estimado para o segundo semestre de 2017.
O trecho do Morro dos Cavalos é um dos principais gargalos da BR-101. Quando divulgou a proposta, no ano passado, o DNIT previa prazo de quatro a seis meses para conclui-la.
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