Não foi desta vez. O resultado do exame de DNA feito com o andarilho de Joinville chamado de Adriano, que ficou conhecido depois que uma foto em que ele aparece foi vencedora de um concurso nacional promovido pela revista National Geographic Brasil, comprovou que a mulher de Curitiba que o procurou no ano passado não é sua mãe. A família de Neusa dos Santos acreditava que ele seria José Antônio dos Santos, filho de uma família de sete irmãos – dois homens e cinco mulheres.

Continua depois da publicidade

Leia as últimas notícias sobre Joinville e região no AN.com.br

Por telefone, uma das filhas dela, Raquel dos Santos, disse na tarde desta quarta-feira que mesmo não sendo parente de sangue, Adriano continuará tendo o carinho de todos na família Santos. A irmã Rosângela e a mãe, Neusa, devem viajar para Joinville nas próximas semanas para visitá-lo. Adriano foi levado à Casa de Acolhimento Desafio Jovem Shalon, no bairro Nova Brasília, onde ficou internado e recebeu todos os cuidados.

Neste momento ele vive com o coordenador da casa na época em que o acolheu, Edinaldo Evaristo do Nascimento, que é também o responsável legal de Adriano, cuja identidade permanece um mistério. Desde que a fotógrafa joinvilense Ana Paula Petronilho venceu o Concurso Cultural Sua Foto, a vida do andarilho teve uma grande transformação.

Continua depois da publicidade

Antes, ele apenas vagava pelas ruas da cidade, sem banho, sem quaisquer cuidados médicos e de higiene. Aos poucos, entidades assistenciais públicas e particulares começaram a trabalhar com ele. A primeira transformação foi no visual. Ele teve os cabelos cortados, tomou banho, ganhou roupas novas e recebeu todos cuidados. Depois, foi a música e a religião que o tocaram. Começou a participar de celebrações e passou a receber a ajuda da Casa de Acolhimento Desafio Jovem Shalon.

Segundo Nascimento, Adriano está bem, mas ainda não tem lembranças nem fala qualquer coisa que possa levar os assistentes sociais, profissionais da saúde e voluntários da casa a encontrar sua verdadeira identidade. Nem mesmo sua idade ou a cidade onde nasceu são conhecidas.

O próximo passo para a identificação do andarilho e a busca por sua família é o reconhecimento de impressões digitais. A instituição já registrou as impressões de Adriano e está comparando com cadastros de identificação nos três estados do Sul do Brasil.

Continua depois da publicidade

– Vamos continuar procurando no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, por meio das digitais dele. Enquanto isso, ele continua com a gente e está muito bem – disse Nascimento.