O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireira e Moveleira do Oeste Catarinense (Simovale), Osni Verona, criticou nesta quarta-feira a decisão dos deputados estaduais de rejeitar a Medida Provisória 220, que promovia uma redução da alíquota de ICMS para indústria e atacadistas, mas onerava o comércio varejista. Ele classificou o arquivamento da medida como uma “derrota muito frustrante”.

Continua depois da publicidade

— A gente se sente um pouco fracassado quanto ao poder de negociação. A renda está muito achatada. A gente pensou que iria usufruir (da MP 220) para vender mais dentro do Estado e ficar mais competitivo — diz Verona.

Os moveleiros agora aguardam pela decisão do governo estadual para saber se o assunto retornará à pauta ainda neste ano. Após a votação na Alesc,o secretário Paulo Eli, da Fazenda, disse que insistirá na desoneração da produção, embora ainda estude o melhor meio para fazer isso.

Para o empresário José Derli Cerveira, proprietário da CristalFlex, a rejeição da MP traz malefícios aos industriais ao passo que beneficia grandes grupos econômicos do varejo. Cerveira acredita que o retorno ao modelo antigo não aplacará as disputas entre indústria e varejo.

— Com a MP, a indústria deu desconto. Agora como é que faz? O varejista exigiu o desconto e nós demos. O varejo não vai aceitar que nós repassemos repasse o imposto, e não podemos manter o preço — critica Cerveira.

Continua depois da publicidade

Leia mais

Plenário da Alesc rejeita MP que muda cobrança do ICMS

Moacir Pereira: Derrubada da MP 220 representa derrota para o governo

Na véspera da votação, empresários e Fazenda buscam acordo sobre mudanças no ICMS

Exclusão de setor têxtil da mudança no ICMS está em análise na Fazenda

Governo, indústria e comércio buscam consenso sobre ICMS

Governo de SC nega revogar redução de ICMS para indústria e atacado

Redução do ICMS industrial simplifica e padroniza sistema tributário de SC, diz secretário

Para Fiesc, redução do ICMS para indústria iguala SC a outros estados