O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, comemorou na manhã desta quinta-feira a medida tomada pelo governador Eduardo Pinho Moreira de reduzir a alíquota do ICMS de 17% para 12% para indústrias e atacadistas. Na opinião do empresário, haverá um estímulo para o setor produtivo catarinense vender seus produtos dentro do próprio Estado.

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— É algo muito positivo. Dessa forma, iguala-se as vendas internas com as vendas externas — disse.

Côrte usou como exemplo uma indústria que vende seus produtos para um varejista de Curitiba. No caso do Paraná, a alíquota já é 12%, enquanto em Santa Catarina esse percentual era de 17%. Agora, passará a ser mais atrativo fazer essas comercialização por aqui.

O presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, seguiu a mesma linha de Côrte. Segundo ele, não há vantagens para os varejistas, no entanto o cenário melhora para os industriais, que passam a competir em pé de igualdade com outros estados.

— Com esta redução de imposto, o estado fortalecerá sua dinâmica interna, principalmente por que incentivará a circulação de mercadorias dentro de Santa Catarina. Com menos impostos a pagar e mais vendas, o empresário poderá alocar mais recursos para investimentos, que são fundamentais para o país sair desse nível de baixo crescimento econômico, trazendo a retomada do emprego e da renda.

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Com receita bruta de R$ 81,2 bilhões, o ICMS do segmento atacadista e distribuidor catarinense foi de cerca de R$ 3,251 bilhões em 2017, 16,8% do arrecado no Estado.

— A medida estimulará o mercado interno e a competitividade das empresas catarinenses. O setor atacadista tem quase 17 mil empresas no estado e emprega cerca de 102 mil pessoas — diz Valmir Muller, presidente da Câmara Empresarial do Comércio Atacadista e da Associação de Distribuidores e Atacadistas Catarinenses.

Benefícios na cadeia

O secretário Paulo Eli, da Fazenda, voltou a comentar o assunto na manhã desta quinta-feira e disse que o objetivo é tornar a cadeia produtiva catarinense mais competitiva, igualando as alíquotas com outros Estados, como o Paraná

Os principais setores beneficiados serão o têxtil, o moveleiro e o metal-mecânico. Eli disse ainda que os produtores de carnes e cerâmicos já eram beneficiados, pois já tinham uma taxa de 12%.

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O secretário explicou ainda que a redução não deverá ser sentida pelos consumidores finais, já que, nesse caso, o percentual de imposto continuará a ser de 17%.

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