A juíza da Vara Criminal da Comarca de Indaial, Leila Mara da Silva, determinou a prisão preventiva de Geovani dos Santos Machado, suspeito de causar o acidente que provocou a morte do casal Adriana Jucéli Cattoni, 24 anos, e Everton Kreutzfeld, 27, na terça-feira da semana passada. A decisão foi divulgada horas depois do segundo protesto que cobrou punição ao suposto causador do acidente. Um grupo de cerca de 100 pessoas se reuniu por volta do meio-dia em frente à prefeitura e caminhou até o Fórum de Indaial com faixas e gritos pedindo por justiça. No sábado, um protesto já havia interrompido o trânsito na BR-470 para chamar a atenção das autoridades para o risco da rodovia e também para pedir que os culpados do acidente do último dia 21 sejam responsabilizados.

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– É lastimável a brutalidade deste acidente, um jovem casal que se foi, uma criança que ficou órfã e ainda a impunidade que está começando com este caso. Lutamos por justiça – ressaltou o organizador do protesto, Flávio Molinari.

Na decisão em que atende o pedido de prisão preventiva do Ministério Público, a juíza cita uma suposta tentativa do condutor de deixar a cidade de Indaial para ser transferido a um hospital de Pato Branco (PR), relatada em depoimento de uma testemunha. Segundo a juíza, o distanciamento do suspeito provocaria “embaraços à instrução do processo”, em razão do estado de saúde de Geovani, e poderia “facilitar uma eventual fuga”, por estar em outro estado e próximo dos limites da fronteira com outros países. Com isso, a juíza reviu a decisão da audiência de custódia, que havia concedido liberdade sem pagamento de fiança ao condutor que teria causado o acidente.

Geovani permanece internado no hospital Beatriz Ramos, em Indaial, e com o mandado de prisão preventiva deverá ficar acompanhado de um agente do Departamento de Administração Prisional (Deap) até receber alta, quando será encaminhado à Unidade Prisional de Indaial. A suspeita é de que Geovani estivesse embriagado no momento do acidente.

– A decisão levou em conta a possibilidade de fuga e a comoção social que foi lançada ao caso após reportagens sobre o tema e os protestos realizados na cidade. Os familiares ficaram muito emocionados com a decisão – conta o advogado da família de Adriana e Everton, Diego Warmling Valgas.

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Contraponto

A reportagem tentou contato com o advogado de Geovani, Valmir Quizzeppi, mas o celular estava desligado até as 20h desta segunda-feira.