Moradores do condomínio residencial Rubia Kaiser, na rua Callisto, no bairro Jardim Paraíso, zona Norte de Joinville, dizem que estão assustados com as abordagens policiais que têm ocorrido desde que iniciou uma operação de segurança no bairro.

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A operação envolvendo o Batalhão de Choque, Canil Central e Agência de Inteligência da Polícia Militar, iniciou na primeira semana de agosto em função do aumento da criminalidade na região. O Jardim Paraíso é o bairro que registrou o maior índice de homicídios do ano em Joinville. Em uma das ocasiões, uma criança foi vítima de bala perdida em plena luz do dia.

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Porém, os moradores dizem que a ação supostamente truculenta estaria partindo de policiais que vieram de outra cidade apoiar a operação.

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– A gente não se sente seguro e sim humilhado. Eles podem entrar, mas a forma como abordam é o problema. Não há necessidade desse tipo de agressão – relatou o morador Gean Carlos da Cruz, de 32 anos.

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Um adolescente de 16 anos afirma que apanhou dos policiais e foi ameaçado. Uma jovem, também de 16 anos, afirma que teria sido revistada por um policial homem. Um rapaz surdo-mudo, mostrou marcas nos braços que teriam sido provocadas em uma das abordagens.

– Meu filho tem até medo de sair de casa, eles entram aqui apontando a arma. Também revistam mulheres sem ter uma policial feminina – denunciou a moradora Elenir Salete Costa, 39 anos.

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O comandante da 5ª Região da Polícia Militar, coronel Benevenuto Chaves Neto, disse que não recebeu nenhuma denúncia formal sobre a ação dos policiais. Segundo o comandante, os moradores devem fazer um registro formal sobre os supostos abusos.

O registro pode ser feito tanto numa delegacia de Polícia Civil mais próxima quanto na corregedoria da Polícia Militar, na sede da 5ª Região, na esquina da rua Ministro Calógeras com a avenida Getúlio Vargas.