Virginia Bridaroli Giovanella é uma senhora de 87 anos e lida frequentemente com os efeitos dos acidentes de trânsito no bairro Iririú. Há quase seis décadas, ela mora com o marido em uma casa de esquina na rua Herval D’Oeste com a rua Rio Negrinho, próximo ao binário Wittich Freitag.
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A residência deles fica próxima a uma curva na rua Carlos Benack, que dá acesso à Herval D’Oeste. Há dez dias, um motorista perdeu a direção do carro na curva, acertou a calçada da casa deles e capotou. Além das flores recém plantadas, parte da calçada também ficou destruída.
– Nós que fizemos essa proteção, para não morrermos dentro de casa – fala Virginia, apontando para os tubos de concreto colocados na calçada, que servem de obstáculo para os motoristas acelerados.
Mas essa não foi a primeira vez que o casal teve de lidar com os efeitos dos acidentes de trânsito. Virginia conta que pelo menos três vezes ela já teve o jardim de casa invadido por carros que, em alta velocidade, perdem-se na curva. Há cerca de um mês, parte do muro da casa caiu depois de uma colisão.
O bairro Iririú foi onde mais ocorreu acidentes nos três primeiros trimestres deste ano. Ao todo foram 171 ocorrências, segundo os números dos Bombeiros Voluntários de Joinville. Em seguida aparecem os bairros Itaum e Boa Vista.
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Segundo os moradores, o problema é que os motoristas dirigem em alta velocidade e quando chegam na curva acabam perdendo o controle do carro. Quase toda semana há algum tipo de acidente no local e o problema se agrava quando chove.
– É triste ver a imprudência dos outros, e se meu pai está na calçada uma hora dessas? – questiona Fábio Luciano Melo, dono de uma loja de automóveis.
Segundo Fábio, há dias em que eles tiram os automóveis da loja da calçada por prudência. Ele é morador do local há cerca de trinta anos e diz que sempre ocorreram acidentes na avenida, mas depois da retirada dos radares, eles se tornaram mais frequentes.
– Quando estou no escritório e escuto uma freada, já fico tenso. É difícil trabalhar desse jeito – desabafa.
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Radar deve ser instalado no local
O equipamento deve ser instalado assim que terminar o processo de licitação. Além disso, o Detrans ressaltou que nesse trecho não há falta de sinalizações, como tachões na via e placas que orientam a velocidade máxima nessa área (40km). “Os condutores devem respeitar as sinalizações para evitar acidentes no local”, diz trecho da nota.