O Moinho Joinville, um patrimônio centenário localizado na região central de Joinville, na zona Norte de Santa Catarina, está indo a leilão. O imóvel, que está vazio desde 2013, quando a Bunge encerrou as atividades na cidade, já está disponível para lances na plataforma Superbid, a maior do gênero na América Latina. O prédio está sendo ofertado inicialmente por R$ 12 milhões. O pregão acontece até o dia 12 de dezembro e os lances podem ser feitos por meio da Superbid, a maior plataforma de leilões da América Latina.

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O imóvel está em processo de tombamento pela Prefeitura da cidade e possui área total de 52 mil m². Uma das possibilidades é que a empresa compradora construa um centro comercial na área aproveitável de 35 mil m² e preserve a área construída de 17 mil m² para visitação.

O local possui instalações centenárias e compõe a história econômica de Joinville. Por isso, o futuro comprador da propriedade não poderá mudar a essência do que já foi construído no local, além de respeitar um recuo de 50 metros da margem do rio Cachoeira.

Em 2016, a Bunge colocou o imóvel à venda por R$ 33,1 milhões. Antes disso, a multinacional havia demonstrado interesse, em conversas com a Prefeitura de Joinville, de montar um centro cultural naquele local, que abrigaria um museu interativo, uma escola de panificação e escolas de artes. O projeto colaboraria na revitalização da área no bairro Bucarein, entre o moinho e o Mercado Público Municipal. A informação foi divulgada pelo então vice-prefeito e presidente da Fundação Cultural, Rodrigo Coelho, em dezembro de 2013.

Construído em 1913, o moinho chegou a ser usado como porto da cidade de Joinville. No auge de sua operação, ele chegou a ser responsável por 40% da moagem de trigo do estado. Além dos lances via o portal da Superbid (www.superbid.net), também é possível fazer ofertas presenciais na sede da companhia, em São Paulo, na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, 105, Edifício Berrini One – 4º Andar. Mais informações pelo telefone (11) 4950-9400.

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História que se mistura com a de Joinville

A Bunge foi a última empresa a utilizar o moinho. O local foi construído entre 1909 e 1913, ano em que foi inaugurado, com o nome Moinho Boa Vista. Era um projeto da Companhia Industrial Catarinense, dos empresários Abdon Batista, Oscar Schneider e Domingos Rodrigues da Nova. Em 1922, o Grupo Mercantil Brasileiro S.A. (Umbra) adquiriu o Moinho Boa Vista.

Em 1943, foi vendido novamente, desta vez para a S.A. Moinhos Rio-Grandenses (Samrig), que mudou o nome da empresa para Moinho Rio Grandense. Em 1977, a S.A. Moinho Santista arrendou o prédio e assumiu as atividades.

Em 2002, a S.A. Moinho Santista se uniu a empresa Ceval, mudando de nome para Bunge e dominando o mercado de processamento de soja. Foi neste ano que o prédio ganhou o nome Moinho Joinville. A Bunge atuou em Joinville durante dez anos e, quando anunciou o fim das atividades na cidade, o futuro do prédio ficou indefinido. Na época do encerramento, havia 37 funcionários trabalhando no local.

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